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Nº 5904
Opinião

Mais �leo de pedra

Depois do carnaval de otimismo gerado em torno do anúncio das perspectivas de extração do petróleo brasileiro nas profundas camadas do pré-sal, cai como uma ducha de água fria a notícia de que o Brasil teria perdido sua auto-suficiência petrolífera. Des

Por | Edição do dia 09/01/2009 - Matéria atualizada em 09/01/2009 às 00h00

Depois do carnaval de otimismo gerado em torno do anúncio das perspectivas de extração do petróleo brasileiro nas profundas camadas do pré-sal, cai como uma ducha de água fria a notícia de que o Brasil teria perdido sua auto-suficiência petrolífera. Dessa notícia e do frio impacto sobre a mídia especializada, algumas reflexões merecem ser feitas. A primeira questão a ser corretamente abordada, e positiva, trata do motivo pelo qual a propalada auto-suficiência desapareceu. Segundo os estudos, tal ocorrência se verifica porque tivemos um expressivo aumento no consumo dos derivados do óleo de pedra em 2008. Isso significa dizer que mais combustíveis e insumos derivados do petróleo foram usados para mover a máquina econômica brasileira – neste caso, supomos que esse crescimento esteja vinculado ao aumento da produção. Dados sobre o produzido no ano passado confirmarão (ou negarão) essa boa hipótese. A segunda questão é que alguma distância afasta os planos anunciados da realidade contemporânea. Ou seja, a perspectiva de jorrar petróleo a perder de vista do pré-sal é algo mais distante do que nos fez supor a vã publicidade gerada em torno dessas alvissareiras possibilidades. A primeira questão, do suposto aumento da produção ser a causa do consumo de derivados do petróleo nos leva a raciocinar que (se esta hipótese estiver correta) cresce a necessidade de se implementar uma política de substituição desses tradicionais insumos petrolíferos por outras alternativas, como os biocombustíveis. A segunda questão enseja a cobrança de uma política de publicidade governamental que seja mais educativa e menos ufanista. De toda forma, por todas as questões, 2009 exigirá novas posturas brasileiras acerca dos combustíveis, seja através de novas alternativas, seja pela viabilização do potencial petrolífero.

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