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sábado, 18/10/2025 | Ano | Nº 6078
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Comemoração

Ser médico nos dias atuais

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Hoje, dia 18 de outubro, é comemorado o Dia do Médico. Grandes e profundas são as transformações pelas quais a sociedade vem passando nestes últimos 30 anos. São Lucas, o padroeiro dos médicos, já afirmava que “a medicina é eterna pois vive da dor e do sofrimento humano”.

Nestes tempos de profundas transformações sociais e tecnológicas, a medicina também mudou. Mais do que uma ciência, é uma arte moldada pela experiência e pela sensibilidade humana. Em apenas algumas décadas, testemunhamos avanços extraordinários nas ciências médicas, nas técnicas cirúrgicas, nos diagnósticos por imagem e nas terapias inovadoras. Entretanto, ao lado do progresso, surgem também novos desafios como o excesso de informações, a pressão do tempo, a desumanização dos atendimentos e o desgaste físico e emocional do profissional que, muitas vezes, abdica da própria vida pessoal em nome do seu juramento.

O cenário da saúde no Brasil também passou por grandes mudanças. Da época dos antigos Institutos de Previdência e do atendimento próximo e familiar, chegamos ao Sistema Único de Saúde (SUS), que, apesar de suas limitações, representa um marco de inclusão e assistência ao povo brasileiro. Ainda assim, o médico, entre plantões, hospitais e consultórios, luta diariamente para oferecer o melhor de si, mesmo diante de condições adversas.

Ser médico é mais que exercer uma profissão; é um sacerdócio. É preciso associar a técnica à sensibilidade, a ciência ao amor, o saber à empatia. Em tempos de tantas mudanças e incertezas, o papel do médico se torna ainda mais essencial. Que cada médico possa continuar penetrando o íntimo das almas humanas, levando não apenas remédios e diagnósticos, mas também esperança, conforto e amizade. Assim, podemos afirmar que o médico, apesar de tudo e muitas vezes sem condições dignas de trabalho, detém em suas mãos uma das mais importantes, se não o maior de todos os desígnios, que é a sua capacidade de curar.

Que a medicina do futuro seja cada vez mais humanizada, pautada na solidariedade, na ética e no respeito à vida. Pois, como dizia o grande clínico brasileiro Clementino Fraga, “bem-aventurados os que amam a medicina e fazem dela a razão de ser de suas vidas”.

Em meu nome e em nome da Academia Alagoana de Medicina, parabenizo a todos os médicos de Alagoas, que com coragem, dedicação e amor, continuam sustentando o sagrado ideal de curar e aliviar o sofrimento humano.

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