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Trunfo verde

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Trunfo verde

O Brasil chegará à 30ª Conferência do Clima (COP30), que terá início no dia 10, em Belém (PA), com um argumento sólido em mãos: os números mais baixos de desmatamento em quase duas décadas. Dados divulgados na semana passada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) revelam quedas históricas tanto na Amazônia Legal quanto no Cerrado — biomas que, juntos, representam o coração ambiental do País.

Entre agosto de 2024 e julho de 2025, o desmatamento nas unidades de conservação federais da Amazônia foi o menor dos últimos 17 anos. No Cerrado, o índice é o segundo mais baixo desde 2007. As reduções — de 74% e 62%, respectivamente, em comparação com 2022 — comprovam que a política de fiscalização e a presença efetiva do Estado nas áreas protegidas têm surtido efeito.

Mais do que números, trata-se de um sinal de credibilidade ambiental num momento estratégico. Às vésperas da COP30, o Brasil pode se apresentar ao mundo não apenas como detentor de vastas florestas, mas como líder no combate à destruição delas. Essa trajetória fortalece o discurso de que o País está preparado para atingir a meta de desmatamento zero até 2030, promessa que, se cumprida, pode reposicionar o Brasil no centro das negociações climáticas globais.

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