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segunda-feira, 24/11/2025 | Ano | Nº 6104
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Editorial

Marco menor

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A COP30 chegou ao fim deixando uma sensação incontornável de ambivalência. Se, por um lado, o Brasil, apesar de alguns tropeços, exerceu com competência seu papel de anfitrião e articulador, por outro os resultados finais devem ficar aquém do esperado, seja pela ausência de chefes de Estado em número significativo, seja pela saída dos Estados Unidos às vésperas das decisões cruciais e ainda pelos temas estruturantes que não avançaram.

O contraste com a Rio-92, momento em que o Brasil, durante o governo Collor, figurou como protagonista global em uma conferência capaz de inaugurar uma nova era da diplomacia ambiental, é inevitável. Em Belém, a promessa de um novo marco histórico não se concretizou com a mesma força.

A falta de acordo sobre roadmaps para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis expôs as limitações da negociação. Assim como em 1992, esperava-se que o Brasil pudesse conduzir o mundo a um salto de ambição, mas, dessa vez, o consenso internacional mostrou-se mais fragmentado.

A COP30, portanto, terminou como um marco menor do que poderia ter sido. Há avanços, sim, e alguns relevantes, mas o mundo ainda falha em enfrentar seu maior desafio: reduzir drasticamente as emissões e transformar a promessa de transição em realidade. Entre os ecos da Rio-92 e a urgência de 2025, permanece a certeza de que, sem ambição política à altura da crise, todos perderão.

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