loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quarta-feira, 03/12/2025 | Ano | Nº 6111
Maceió, AL
25° Tempo
Home > Opinião

Perspectiva

Quando 2026 chegar

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

Os sonhos alimentam nossa vontade de viver, pois a realidade, já que é dura e crua, violentamente retira grande parte do encanto necessário ao viver.

É com essa perspectiva, que devemos continuar acreditando que dias melhores virão sem, contudo, esquecermos que para que isso se concretize, é necessário que mantenhamos as energias positivas, mas de olhos bem abertos e atentos.

Chegando ao último mês do ano de 2025 (para quem não acreditava que o Mundo iria tão longe, hein?), temos um cabedal de acontecimentos por virem, os quais, embora se repitam a cada quadra de anos, servem para renovar as esperanças e sonhos necessários à vida.

2026 é ano de Copa do Mundo e de eleições no Brasil.

A primeira constitui-se em evento prenhe de alegria contagiante, já que o Futebol ainda é a modalidade esportiva mais graciosa dentre as tantas existentes.

Como a próxima competição ocorrerá em três países, o sortilégio de atrativos é bem esperado, contando com mais seleções e, consequentemente, mais jogos. Até aí, tudo bem!

Quanto às eleições previstas para o próximo ano, teremos um momento bem parecido com o que vivemos em 2018, tendo em vista que o atual cenário mantém, praticamente, os mesmo pólos partidários daquele ano, em tema de situação e oposição.

Para muitos, esse não-consenso parece necessário, saudável e, portanto, bom, para os que consideram que sempre deve haver oposição.

Entretanto, essa concepção parece não ter funcionado entre nós, como esperado, ao menos nas últimas décadas, já que a natural dicotomia político-idelógica, que sempre regeu a democrática escolha dos representantes, cedera lugar a uma mera polarização endoidecida, que se alastrara no País, cuja finalidade se encerra na mera disputa de poder, sem pauta, plano ou projeto definido de mudança.

Praticamente, estamos em uma indesejável situação, em que a ruptura com a continuidade dos governos virou regra, seja em razão da mera discordância ideológica; seja pela banalização do poder, que se enraizou no País.

Até o final dos anos do Século XX, ainda se tinha um leque mais livre, em tema de opção de escolhas, sobre a quem deveriam ser entregues as rédeas do Brasil, mormente pelo mínimo de seriedade com que se guiava o candidato e o próprio eleitor (que não deixa de ser o maior responsável pela conjuntura a que chegamos).

Presentemente, entranhou-se, de forma peçonhenta, no campo das eleições, a tal polarização, que não cede lugar a outro debate, em que verdadeiramente se discuta um projeto para o Brasil.

Ainda que se fale em uma possível terceira via, logo se volta a discussão para os dois pólos que se dividem, alternadamente, no poder. E isso acaba definhando a própria essência da democracia, em relação à necessária liberdade de escolha, que deve nortear o processo das eleições.

Enquanto isso, são muitas as questões que reclamam trato de urgência, como as perenes (mas sempre avolumadas e complexos), crises que atinge em cheio a Economia).

Nos últimos anos, como se não bastasse o freio de desenvolvimento que atingiu o País, por conta do período de Pandemia, vivemos sob o manto de incertezas e de ausência de planejamento, principalmente quando se vê o País cada vez mais imerso numa lama de corrupção e de instituição desmesurada de impostos, sem a devida destinação.

Sem a promoção de uma mudança de atitude, por parte de todos os atores que compõem essa novela política (eleitor e candidato), o final pode não ser nada feliz, infelizmente.

Relacionadas