Editorial
Alívio social

Os novos dados do IBGE trouxeram um resultado a comemorar: em 2024, o Brasil registrou os menores índices de pobreza e extrema pobreza desde 2012. Ao todo, 1,9 milhão de pessoas deixaram a extrema pobreza e 8,6 milhões superaram a linha da pobreza, números que representam menos fome e mais dignidade.
Em Alagoas, o avanço é ainda mais marcante. O estado alcançou seu menor índice de pobreza, caindo de 60,5% em 2012 para 40,9% em 2024. Nos últimos dois anos, 416 mil pessoas saíram da pobreza, e a extrema pobreza recuou para 6,8%, uma das maiores reduções do País. Programas estaduais como Alagoas Sem Fome, Cartão Cria e Leite do Coração ajudam a explicar esse resultado, reforçado pelo reconhecimento nacional na premiação Brasil Sem Fome.
O progresso, porém, não elimina os desafios: quase 49 milhões de brasileiros ainda vivem com renda muito baixa, e Alagoas segue com índices elevados. A continuidade das políticas sociais, aliada à geração de emprego, renda e educação, será decisiva para que o País não retroceda.
Celebrar o avanço é justo, mas é preciso manter a vigilância. Para que os índices continuem caindo, é necessária a manutenção de programas sociais, fortalecimento do emprego, renda e educação, além de um planejamento de longo prazo.
