Construtores de AL – CXVI

O professor José Damasceno Lima, natural de Penedo, viveu toda a sua profícua existência a serviço da Educação. Bacharelou-se em Filosofia pela PUC do Rio Grande do Sul, em Filosofia pela Universidade Federal de Alagoas e em Teologia pelo Seminário Central de São Leopoldo (RS). Fez curso de Planejamento e Administração de Sistemas Educacionais na Fundação Getúlio Vargas, Curso de Pastoral Rural em Pamplona, Espanha (1964), e Curso de Especialização em Sociologia em Roma (1964).

Bacharelou-se também em Direito pela Ufal (1974) e realizou curso em Administração Universitária em Nova York. Presidiu o Cesmac com ética e probidade. Convidou-me para lecionar no Curso de Ciências Econômicas as disciplinas Ética Profissional, Formação Econômica do Brasil e Economia do Setor Público, durante dez anos. Depois, ensinei Empreendedorismo (Arapiraca), Economia Rural (Marechal Deodoro), e Economia nos cursos de Ciências Contábeis (Palmeira dos Índios), além de ministrar aulas em diversos cursos na capital. Uma experiência muito rica, que perdurou por mais de duas décadas.

Licenciou-se da função religiosa, casou-se e construiu bela família. Na sua bem-aventurada trajetória professoral, exerceu as funções de Professor Adjunto da Ufal, Diretor Canônico do Seminário Maior de Maceió, Catedrático de Filosofia e Sociologia da Educação do Estado de Alagoas, professor do Cesmac, do Colégio Imaculada Conceição, do Colégio Diocesano e da Escola Técnica de Comércio de Penedo. Foi, ainda, Diretor-Superintendente da TVE e pároco da Catedral de Penedo.

Como educador exímio, deixou pensamento erudito:

“Quem vive para educar deve crer na vida. Eu creio na vida, apesar da morte. A morte não é a contradição da vida, a morte é a passagem de uma vida para outra vida. A vida daqui deve ser vivida na perspectiva de outra vida. Tanto na vida daqui quanto na outra vida, sempre estou com Deus e em Deus. A vida daqui com Deus é vida no tempo. É a eternidade com Deus e em Deus. Nasci. Comecei a viver. Jamais deixarei de viver. Quando comecei a viver, viverei para sempre com Deus e em Deus.”

Dir-se-ia que o professor José Damasceno Lima foi, em vida, homem público probo. Dirigiu o Cesmac com muita responsabilidade, seguindo os passos do fundador, Padre Teófanes Araújo de Barros. A criação do Cesmac serviu para que os comerciários pudessem cursar o ensino superior no período noturno. Deles tenho gratas recordações: educadores notáveis.

Que Deus conceda às suas boas almas o descanso merecido nos umbrais da eternidade.