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A Ilha de Malta

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É um arquipélago e consiste de três ilhas: Malta, Gozo e Comino. Valletta é a capital e fica na Ilha de Malta, a 92km ao sul da Ilha de Sicília. Tem população de 370 mil habitantes. Valletta é a maior cidade e é o centro da arte e da cultura maltesas. Foram os Cavaleiros da Ordem de São José que fomentaram a modernização e prosperidade da ilha que receberam da Coroa Espanhola no século 16. Eles fortificaram o porto para protegê-lo dos piratas. O Grão-mestre da ordem, Jean de la Valletta , defendeu a ilha da frota otomana de 30 mil homens em 1565. Foram combates brutais, mas, finalmente, depois de três meses de luta, os turcos se retiraram. A situação geográfica do arquipélago atraiu uma serie de invasões: de fenícios, dos romanos, dos berberes, dos árabes, dos turcos e, mais recentemente, dos ingleses. Em consequência de tantas incursões, a língua nativa é uma mistura de fenício e árabe, mas muitos malteses falam o inglês, mesmo porque as ilhas são muito visitadas pelos naturais do Reino Unido. A proximidade da Itália, também, influencia o povo e muitos falam italiano. Malta possui todos os costumes do Mediterrâneo. O Catolicismo é a religião predominante. Existem várias catedrais espalhadas pela paisagem. As ilhas são de origem calcária e, assim, sua arquitetura europeia, com certa influência arábica, é toda construída com essa pedra amarelada. Tomei um ônibus de turismo no cais, depois de ter subido uma grande rampa com a minha cadeira. Deixaram-me numa praça em frente à Catedral onde apanhei um táxi que me levou a todos os lugares de interesse dentro das muralhas da cidade. No Palácio do Grão-Mestre, onde fica o Parlamento, entre retratos dos chefes malteses, vi magnífica coleção de tapeçarias de Gobelin e o mobiliário antigo. Passei por vários museus e belas igrejas seculares. Visitei ligeiramente o Fort de Elmo que foi o baluarte estratégico para os cavaleiros contra os turcos. Depois percorri a Medina, bem cuidada, com prédios antigos e lojas. Suas aldravas de bronze são famosas. Vi muitas expostas nas casas comerciais da Medina. Encantou-me linda igrejinha com figuras perfeitas da virgem, esculpidas em mármore branco, colocadas na parte externa do templo. Depois de visitar toda a ilha desci num dos restaurantes ao ar livre, que existiam no cais, em frente ao navio. Aí comi um prato composto de massa e rolos de carne de vaca, próprio do lugar, o bragioli. Picante, mas muito saboroso. Experimentei, também, o gbeijniet, um gostoso queijo local de cabra, tudo regado ao delicioso vinho de Malta. (*) É escritora.

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