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As mudanças de ano

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A passagem do ano de 1999 para o ano 2000 suscitou superstições, fantasias, medos e outras profecias catastróficas, sob o pretexto de uma mudança de milênio. O “desastre” foi anunciado para o sábado, 1º de janeiro de 2000, à meia-noite. Os aviões iriam cair, as usinas nucleares explodiriam em seus silos e nada que estivesse sujeito a um sistema de computador funcionaria. Era o Bug do Milênio.

Já em 1988, os sobrevivencialistas americanos alardeavam: “Quando o relógio marcar o ano de 2000, o país ficará sem eletricidade, os trens não circularão mais, os bancos entrarão em colapso e hordas de moradores das cidades procurarão comida”.

Uma simples mudança de números fez o mundo acreditar que estava entrando em uma nova era. O suficiente para despertar medos ancestrais que, com a ajuda da internet, contaminaram a mente das pessoas como um incêndio. Era tudo fake news.

Embora a virada do ano seja majoritariamente uma época de celebração e esperança, o folclore mundial está repleto de histórias e superstições que revelam um respeito ancestral pelo mundo espiritual e pela transição de ciclos. O medo é uma característica humana e tem sido usado de forma inescrupulosa politicamente, alimentando superstições. Freud afirmava que era para isso que servia a civilização: para organizar as coisas humanas, para limitar ou restringir as ameaças devidas à causalidade da natureza, à fraqueza do caráter e à inimizade do próximo.

Algumas das superstições que aparecem a cada final de ano são: evitar lavar roupa — uma lenda popular sugere que lavar roupas no primeiro dia do ano significa “lavar os mortos”, o que pode resultar na perda de um membro da família; limpeza da casa — varrer a casa no Ano-Novo Chinês é evitado para não “varrer a sorte para fora”. Em outras culturas, a limpeza está ligada à preparação para o novo ciclo, mas deve ser feita antes da virada, para não perturbar as energias; espantar maus espíritos — a tradição de soltar fogos de artifício e fazer barulho na virada do ano, em várias culturas, como nas Filipinas, tem o propósito de espantar maus espíritos e energias negativas. No Brasil, a tradição de pular sete ondas, originária da Umbanda, é um ritual para agradecer e fazer pedidos a Iemanjá, a rainha dos mares, buscando purificação e proteção para o ano que se inicia.

A lenda mais conhecida envolvendo a virada do ano é a do monstro Nian, na China. De acordo com o folclore, o Nian era um monstro assustador que aparecia na véspera do Ano-Novo para se alimentar. Para afastá-lo, as pessoas descobriram que ele temia barulhos altos (fogos de artifício), a cor vermelha e luzes brilhantes. É por isso que o Ano-Novo Chinês é celebrado com essas práticas, garantindo segurança e paz para o próximo ano.

Caso você esteja com saúde e sua família também, você é um sujeito sortudo e deve se dar por muito feliz. Nesta mudança de ano, beba devagar, intercalando com água, e faça exercícios: é a melhor forma de evitar ressacas. Desejo-lhe um Ano-Novo com muita saúde para você e sua família.

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