Editorial
Crescimento estrutural

O avanço do emprego formal em 2025 consolida um sinal relevante de normalização e fortalecimento do mercado de trabalho brasileiro. Os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostram que o País encerrou o ano com mais de 57,1 milhões de vínculos formais, um crescimento de 3,3% em relação ao ano anterior, e a criação líquida de cerca de 1,8 milhão de postos. Trata-se de uma expansão alinhada ao ritmo da atividade econômica, o que reforça a leitura de um crescimento menos episódico e mais estrutural.
A predominância do setor privado, responsável por mais de dois terços dos empregos formais, evidencia a retomada gradual da confiança empresarial, enquanto a participação do setor público e das organizações sem fins lucrativos indica estabilidade institucional e capilaridade das políticas de emprego. O fato de o crescimento ter alcançado todas as regiões do País também aponta para uma dinâmica menos concentrada, com impactos positivos sobre renda, consumo e arrecadação. Mais do que números, o aumento do emprego formal em 2025 significa maior proteção social, ampliação da base contributiva e melhores condições para o planejamento das famílias. O desafio é transformar esse avanço quantitativo em ganhos qualitativos, com produtividade, salários e sustentabilidade fiscal.
