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Estar bem...

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DOM FERNANDO IÓRIO * Estar bem na família é viver bem com as virtudes e os defeitos dos diferentes. Pessoa alguma se casa com uma ilusão, com um imaginário, com um mito, mas com alguém de osso e carne, com qualidades e defeitos. Fora de dúvida, não existe receita única válida para qualquer casamento, mas, certamente, ninguém pode estar bem com o outro, se não vai bem consigo mesmo. Quando está alguém atravessando situações difíceis, dentro da família, não deve desesperar-se ou ensaiar processos de fuga, mas procurar encontrar, dentro das dificuldades, elementos positivos ou úteis, visando aumentar seu grau de crescimento psicológico e espiritual. Mas até que distância se pode ir para salvaguardar o convívio familiar? A qualquer distância que se queira, conforme o grau de maturidade dos cônjuges. Destruir juntos e de comum acordo as falsidades individuais deve ser o grande objetivo de um bom relacionamento conjugal. Não se comunica, nem se relaciona bem com o outro quem sempre se sente vítima, quem sempre se sente juiz, quem sempre quer julgar. Não se comunica bem com o diferente quem não quer mudar a si mesmo. Discutir e polemizar destroem o diálogo, gerando frustrações recíprocas. Mister se faz aceitar os próprios pontos fracos e ponderar os atos negativos do outro, para que o diálogo matrimonial se processe com maturidade. Ajudar o outro, valorizando-o, fazendo vir à tona o melhor que ele possui, elogiá-lo quando se mostra brilhante e merece encômios. Tudo isso revigora o relacionamento matrimonial. Crer no outro, acreditar na possibilidade de os dois (marido e esposa) se superarem juntos é o verdadeiro caminho de superação das dificuldades. A confiança em si mesmo(a) e no parceiro(a) é a maior força do viver matrimonial. Sendo assim, a vida de família, mesmo cheia de riscos, vale a pena ser vivida. Donde o decálogo: 1 – cada cônjuge tem o direito-dever de crer no outro; 2 – cada cônjuge tem o direito-dever de dizer sempre a verdade; 3 – cada cônjuge tem o direito-dever de dizer o que sente e pensa, sem ser molestado pelo outro; 4 – cada qual tem o direito-dever de crescer psicológica e espiritualmente; 5 – cada cônjuge tem o direito-dever de perdoar e ser perdoado; 6 – cada cônjuge tem o direito-dever de valorizar o outro; 7 – cada cônjuge tem o direito-dever de respeitar o outro; 8 – cada qual tem o direito-dever de ser ouvido e compreendido pelo outro; 9 – cada cônjuge tem o direito-dever de não trair o outro; 10 – cada cônjuge tem o direito-dever de amar, verdadeiramente, o outro. Somente, assim, poderão os dois, homem e mulher, viver unidos na diversidade. (*) É BISPO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS

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