Opinião
Desemprego

Bancos, consultorias econômicas e empresários refizeram seus cálculos e agora acham, conforme informa a Folha de S. Paulo, na edição do último domingo, que o País tem chance de crescer, em 2002, algo perto de 1%, 2,5% menos do que o mercado previu logo no início do ano. Há quem preveja, como a MB Associados, um crescimento de 1,3% para o nosso Produto Interno Bruto (PIB) quando, há duas semanas, era de 1,8%. E até menos, a exemplo do grupo de conjuntura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que, de acordo com a matéria da Folha, considera algo perto de 1% e não mais 1,3%, como na previsão anterior. Não bastassem estes números em nada animadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar os resultados de uma pesquisa mostrando que o desemprego vai continuar crescendo nestes últimos meses do ano. O órgão constatou que houve, no mês passado, um avanço de 0,7% na população ocupada do País (129 mil trabalhadores), mas também registrou um aumento maior no número de pessoas procurando emprego (1,4%). Com isso, a taxa de desemprego se manteve inalterada em julho em relação ao mês anterior, em 7,5%. Para a economista Shyrlene Souza, do próprio IBGE, a taxa não caiu porque o número de pessoas procurando emprego aumentou. Ela se manteve alta e, para o segundo semestre, não se espera que o mercado evolua para reduzir o desemprego. O País chegou a essa situação em decorrência de uma série de fatores já por demais conhecidos, que se agravaram ao longo dos dois mandatos de FHC, como o problema dos juros, que são os mais altos em todo o mundo. E espera que o próximo governo coloque em prática as melhores idéias defendidas ao longo desses anos, para a retomada do nosso verdadeiro desenvolvimento econômico e social. Além das que vêm sendo apresentadas à análise da nação ansiosa para consagrar nas urnas, em outubro, seus futuros presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.