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Nº 5905
Polícia

Preso empres�rio acusado no calote das armas

A Polícia Civil alagoana prendeu em São Paulo o empresário Mário Lúcio Costa, sócio da empresa importadora de armas MCI, que recebeu o dinheiro adiantado para a compra de um lote de armamentos para a Secretaria de Defesa Social (SDS), mas, dois anos após

Por | Edição do dia 05/09/2002 - Matéria atualizada em 05/09/2002 às 00h00

A Polícia Civil alagoana prendeu em São Paulo o empresário Mário Lúcio Costa, sócio da empresa importadora de armas MCI, que recebeu o dinheiro adiantado para a compra de um lote de armamentos para a Secretaria de Defesa Social (SDS), mas, dois anos após a negociação, as armas ainda não chegaram a Alagoas. Além da prisão, ocorrida na última segunda-feira na cidade paulista de São José dos Campos, foi feita a apreensão de documentos e computadores da empresa. Viajaram a São Paulo o diretor da Polícia Civil, delegado Carlos Alberto Reis, e os promotores Cyro Blater e Luís Vasconcelos, que tinham em mãos os mandados de busca e prisão de Mário Lúcio e da suposta proprietária da MCI, de nome Regiane, mas a mulher não foi encontrada. Os mandados foram concedidos pelos juízes Jerônimo Roberto e  Manoel Cavalcante Lima Neto, respectivamente da 3a Vara Criminal de Competência não Privativa e da 3a  Vara da Fazenda Pública Estadual.  Preso no grupamento do Tigre, Mário Lúcio, responsável por toda a negociação, garantiu à Polícia alagoana que as armas serão entregues na próxima semana. Mas como tem prisão preventiva decretada, a SDS pretende deixá-lo preso até que as armas sejam enviadas pela fábrica italiana. O delegado Carlos Alberto Reis informou que até o fim da tarde de ontem o empresário só tinha sido ouvido informalmente, mas esperava que ele decidisse colocar tudo no papel. Mário Lúcio chegou a receber um cheque do governo do Estado, adiantado, no valor de cerca de R$ 700 mil. Hoje o montante atualizado chega a R$ 1 milhão e 300 mil. “Com a prisão de Mário Lúcio alguns esclarecimentos devem vir à tona. Vamos ver até onde se pode chegar à verdade”, frisou o secretário de Defesa Social, Antônio Arecippo, voltando a afirmar que a negociação para a compra de armas foi feita de forma errada, principalmente quando implicou no pagamento adiantado de recursos federais com a contrapartida do Estado. Arecippo defendeu, ainda, o trabalho sigiloso realizado pela SDS, que resultou na prisão do empresário. Mas o secretário descartou a participação no esquema da suposta sócia da MCI, Regiane, que teria sido usada como “laranja”, já que reside numa favela em SP. No entanto, o delegado Carlos Alberto salientou que as investigações irão confirmar a participação da mulher ou não na firma importadora de armas.

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