Polícia
Pol�cia indicia bando acusado de saques e assaltos

Sucursal União dos Palmares O chefe de serviço da delegacia de Joaquim Gomes, Otávio Gomes da Silva, informou, ontem, que o delegado municipal, Antônio Rosalvo Cardoso, indiciou os irmãos José Benedito Góes da Silva, o Zé do Pilar, e José Góes da Silva, o Tita, além das pessoas conhecidas apenas como Claudemir, Ganso, e Toinho, por formação de quadrilha e assalto à mão armada. O bando, que estava infiltrado nos acampamentos dos sem-terra, naquele município, é acusado de saquear cargas de caminhões na BR-101 e de praticar assaltos. Todos os integrantes estão sendo procurados pela polícia alagoana. Segundo Otávio da Silva, Tita também foi indiciado por homicídio praticado contra o sem-terra Propício Gregório da Silva, executado com três tiros de revólver, durante uma discussão motivada pela partilha dos alimentos saqueados. O crime ocorreu na quinta-feira da semana passada, no assentamento do MLST, em Joaquim Gomes. Na próxima semana o inquérito estará concluído e vamos enviá-lo à Justiça, declarou o chefe de expediente. A quadrilha é acusada ainda de assaltos a ônibus na BR-101. O policial civil revelou ainda que, de acordo com os depoimentos dos caminhoneiros, vítimas dos saques, em todas as ações da quadrilha os integrantes portavam arma de fogo. Depois que o grupo começou a agir, vários assaltos foram registrados no município, enfatizou. Pelo menos um integrante da família Góes já está preso, desde o dia 15 de agosto. Trata-se de José Sivanildo Góes da Silva, conhecido como Sapo, irmão de Zé do Pilar e de Tita. Ele também estava infiltrado nos acampamentos dos sem-terra em Joaquim Gomes. Sapo era considerado foragido da Justiça, uma vez que cumpria pena em regime semi-aberto por tentativa de homicídio, mas não estava dormindo na penitenciária desde que se infiltrara nos acampamentos dos sem-terra, em Joaquim Gomes. Na semana passada, a polícia invadiu os acampamentos e recuperou parte dos produtos saqueados. Em entrevista à GAZETA, por telefone, Zé do Pilar negou seu envolvimento nas ações do bando. Não devo nada à polícia nem à Justiça. Saí do acampamento há mais de três semanas, garantiu Zé do Pilar, que está foragido.