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Nº 5905
Polícia

Quadrilhas imp�em no bairro toque de recolher

Instalada no dia 19 de janeiro deste ano no Conjunto Clima, a 1ª Companhia do 4º Batalhão de Polícia Militar, sob o comando do capitão Elvandro Omena, segundo relato de pessoas aflitas, tem sido a tábua da salvação para evitar casos de violência no bairro

Por | Edição do dia 08/09/2002 - Matéria atualizada em 08/09/2002 às 00h00

Instalada no dia 19 de janeiro deste ano no Conjunto Clima, a 1ª Companhia do 4º Batalhão de Polícia Militar, sob o comando do capitão Elvandro Omena, segundo relato de pessoas aflitas, tem sido a tábua da salvação para evitar casos de violência no bairro. A companhia utiliza 52 militares, quatro viaturas e duas motos, fazendo rondas durante 24 horas e chegando a efetuar até 25 prisões por dia. Registros revelam que os crimes mais comuns são assaltos e tráfico de drogas entre as “galeras” que ali atuam. Atualmente, os policiais estão tentando localizar os elementos Marcelo, Marcondes, Giliard, Zé da Burra, Marcos, Cacau, Charlles, Joge, Bobô, Manuel Rivaldo, Dudinha, Itinho, Paulista, Irmão, Cicinho, Torrô, Bio, Val, Cleto, Aninha, Josa, Eraldo e Zé Matuto. O grupo está ligado a assassinatos, seqüestros, assaltos, estupros e venda de drogas. A maioria tem passagem pelas delegacias de Maceió e está na faixa etária entre 18 e 20 anos. São naturais de Maceió, vindos de famílias muito pobres. O grupo costuma atuar na Favela da Subestação, Terminal Rodoviário do Clima Bom, Conjunto Rosane Collor e Colibri. Arrombamentos Existe denúncia de que em apenas um dia cinco residências foram arrombadas pelos bandidos, que também anunciam toque de recolher e cobram pedágio nas entradas dos conjuntos. Mas, uma investigação aprofundada pode levar a polícia a acabar de uma vez com a festa dos marginais e mandá-los para o Instituto Penal São Leonardo. Relato de policiais revela que um elemento conhecido por “Irmão”, autor de vários homicídios, é um dos mais violentos da organização criminosa. “Irmão” invadiu um bar e matou dois elementos ligados a outra “galera”. Há cerca de 15 dias ele conseguiu fugir de um cerco policial, mesmo ferido, no Conjunto Clima Bom. “Se não fosse a presença dos policiais militares no Clima Bom a situação seria bem pior”, ressalta Maria Cícera, que mora no Clima Bom e também já viu muitos cadáveres crivados de balas jogados nas sarjetas.

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