app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5822
Polícia

Popula��o organiza manifesta��o contra os crimes

Famílias residentes nos conjuntos marcados pela violência já pensam em organizar uma manifestação pública para chamar atenção das autoridades, em função da onda de crimes que está, efetivamente, desafiando o sistema de segurança estadual. Algumas lideranç

Por | Edição do dia 08/09/2002 - Matéria atualizada em 08/09/2002 às 00h00

Famílias residentes nos conjuntos marcados pela violência já pensam em organizar uma manifestação pública para chamar atenção das autoridades, em função da onda de crimes que está, efetivamente, desafiando o sistema de segurança estadual. Algumas lideranças, no entanto, temem que os bandidos comecem a matar pessoas de bem, que buscam segurança. Reuniões ocorrem a portas fechadas e podem sinalizar para uma grande manifestação pelos conjuntos habitacionais. Nos conjuntos Clima Bom I e II os moradores começam a acreditar que uma ação afetiva das duas polícias pode resultar em prisões de bandidos e levar segurança para a população. Alguns grupos desejam, por meio da imprensa, denunciar os bandidos e apontar nomes, mesmo correndo risco de vingança. Nos conjuntos ocupados pelos bandidos as pessoas mantêm o nome em sigilo, pois podem ter a casa invadida e a família chacinada pelos marginais. “Perdi um filho de 20 anos. Ele estudava e trabalhava. Certa noite, voltava para casa quando foi atacado por bandidos e acabou morto a golpes de cacete. Isto ocorreu no Benedito Bentes. Sepultei o meu garoto e um mês depois vim morar no Clima Bom I. Não sabia que a violência já havia chegado aqui. Estou acostumada a ouvir disparos de armas durante a madrugada. No dia seguinte, abro a porta e tenho a informação de que corpos crivados de balas estão espalhados pelas ruas do conjunto. É uma tristeza esta guerra sem fim”, desabafa uma moradora de 50 anos. Ela concorda com a realização de um grande ato público, pois somente assim as polícias terão a dimensão da violência que afeta as famílias e podem encontrar uma maneira de combater a violência. Em sua opinião, não se pode mais ficar de braços cruzados vendo o tempo passar sem tirar de circulação as quadrilhas que vêm praticando todo tipo de crime à luz do dia.

Mais matérias
desta edição