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Nº 5759
Polícia

“IML � uma amea�a � sa�de”

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Por | Edição do dia 22/09/2002 - Matéria atualizada em 22/09/2002 às 00h00

Carlos Jorge alerta os funcionários do Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima que não aderiram à greve para o sério risco de contraírem doenças graves. “Todo o quadro do IML precisa ser imunizado o mais rapidamente possível. É uma questão de saúde pública para a qual a cúpula da Secretaria de Defesa Social faz vista grossa. É o mais abandonado necrotério que eu conheço. Não existe a menor estrutura para se trabalhar com dignidade. Os três veículos estão sempre com problemas mecânicos. A sala de necropsia é um verdadeiro horror, quase sempre com cadáveres jogados pelo chão sujo de sangue”, enfatiza Carlos Jorge que vai denunciar o caso à Vigilância Sanitária. Ele afirma que a situação se agrava quando a velha geladeira quebra. “Isto ocorre sempre e os moradores da Rua Alvares Cabral são os que mais sofrem com a terrível fedentina. “Os motoristas, serventes e auxiliares de necropsia trabalham por que precisam sobreviver. Mas não dispõem de equipamentos apropriados para lidar com cadáveres. Muitos deles podres. Esta é outra realidade que o secretário que lá esteve, após três dias no poder, nada fez para melhorar. Aliás, ele apreendeu uma faca-peixeira de 8 polegadas usada para abrir corpos. Ele até condenou, mas as facas continuam sendo usadas”, garante Carlos Jorge. Ele enfatiza que é grande a precariedade nos sistemas de energia e água. “Vez por outra, a bomba que fornece água quebra e leva dias para ser consertada. A queda de energia também é outro problema para os funcionários. Neste período muitos cadáveres apodrecem nas pedras e têm de ser liberados logo, pois é impossível suportar a fedentina. Mas a cúpula se antecipa e diz que está tudo bem, que não passa de tempestade em copo de água”, revela Carlos Jorge. A direção do IML nega que a situação esteja no patamar denunciado pelo policial Carlos Jorge. Amanhã, o sindicato envia ofício à Vigilância Sanitária onde denuncia o estado de abandono em que se encontra o prédio do Estácio de Lima e pede providências, porque se trata de saúde pública e a vida dos funcionários está em jogo. “A comissão do Sindpol poderia pessoalmente fazer uma visita ao IML. Mas, diante da greve, pode parecer provocação à Policia Militar, que mantém o necrotério ocupado. Vamos esperar pela Vigilância Sanitária”, ressalta Carlos Jorge.

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