Greve dos policiais civis j� dura 22 dias
RÓDIO NOGUEIRA O presidente do Sindicatos dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Carlos Jorge, afirma que a greve dos policiais civis, que já dura 22 dias, é uma realidade que a cúpula da Secretaria de Defesa Social tenta tapar com uma peneira. E mais
Por | Edição do dia 22/09/2002 - Matéria atualizada em 22/09/2002 às 00h00
RÓDIO NOGUEIRA O presidente do Sindicatos dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Carlos Jorge, afirma que a greve dos policiais civis, que já dura 22 dias, é uma realidade que a cúpula da Secretaria de Defesa Social tenta tapar com uma peneira. E mais, nas entrevistas o secretário passa para a sociedade a impressão de que a greve não existe e que o aparelho policial está em plena atividade. O povo é inteligente e sabe que o movimento paredista é real. O nosso percentual positivo é de 80% na capital e 70% no interior do Estado com delegacias fechadas, garante Carlos Jorge. O líder dos policiais civis explica que alguns membros da cúpula da Polícia Civil vendem ilusões quando vão para a imprensa questionar o movimento, que avança a cada dia porque a classe tem consciência de sua luta e quer seus direitos respeitados. Fechamos a bomba de combustível. Não intervimos no Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML) por se tratar de um órgão importante na estrutura da Secretaria de Defesa Social. Mas, veja bem, se o governo do Estado efetivamente não encontrar uma saída para a questão o Estácio de Lima será o próximo alvo, alerta Carlos Jorge. Carlos Jorge relata que o Instituto de Identificação esteve fechado por um certo período, mas voltou a funcionar em respeito às pessoas que procuram aquele órgão, também muito importante. Carlos Jorge ressalta que policiais lotados no Tático Integrado de Operações Policiais (Tigre), Operação Litorânea (Oplit) e Comando de Operações Táticas Integradas (Coti) estão trabalhando sob pressão. Mesmo assim, quatro integrantes da Operação Litorânea entregaram os cargos e estão apoiando o movimento grevista. Legalidade A nossa luta é justa, tanto que a própria Justiça reconhece a legalidade. Não estamos nas ruas usando a força para desativar setores da Polícia Civil. As delegacias estão vazias e só recebem pessoas presas em flagrante. Raramente se vê uma viatura da Civil circulando. Quando isto ocorre é porque o policial lotado em gabinete é forçado a cumprir ordens. O senhor secretário diz que a greve é furada. Nossa comissão esteve na cidade de Arapiraca e pôde ver que apenas policiais militares trabalharam, salienta Carlos Jorge.