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Nº 5759
Polícia

Ex-tenente-coronel Cavalcante vai a julgamento

Depois de ser pronunciado esta semana no crime do chefe de Arrecadação da Secretaria da Fazenda, Sílvio Vianna, o ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante senta, nesta terça-feira, no banco dos réus para responder pelo assassinato do delegado de Pol

Por | Edição do dia 22/09/2002 - Matéria atualizada em 22/09/2002 às 00h00

Depois de ser pronunciado esta semana no crime do chefe de Arrecadação da Secretaria da Fazenda, Sílvio Vianna, o ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante senta, nesta terça-feira, no banco dos réus para responder pelo assassinato do delegado de Polícia Ricardo Lessa, e seu motorista, Antenor Carlota, ocorrido em1991. Cavalcante, acusado de ser o mandante do crime, irá a julgamento junto com mais cinco ex-militares. O julgamento popular, que acontecerá no 3o Tribunal de Júri, deverá ser um dos mais longos da história judicial de Alagoas, porque junto com Cavalcante vão sentar no banco dos réus  mais cinco acusados, que são os ex-PMs Aderildo Mariz Ferreira, Valdomiro dos Santos Barros, José Carlos de  Oliveira, Luiz da Silva Filho e Edgar  Romero de Morais. O processo que apurou o brutal assassinato passou por vários recursos junto à Justiça estadual e ao Supeior Tribunal de Justiça (STJ). Em dezembro do ano passado, o STJ finalmente manteve a sentença de pronúncia contra Cavalcante ao não conhecer um agravo de instrumento impetrado pela defesa, que ocorrera fora do prazo legal. Ao final do processo, Cavalcante e  mais o ex-tenente Silva Filho chegaram a ser impronunciados pelo então  juiz da 9a Vara Criminal da capital, Nelson Rodrigues Correia, que já faleceu. Mas o Ministério Público (MP) recorreu da decisão, alegando que no inquérito policial haviam indícios suficientes para levá-los a julgamento. O MP chegou a colocar três promotores para atuar no caso, que alcançou repercussão nacional. Atraso Após a Procuradoria Geral de Justiça se manifestar favorável à pronúncia, o recurso foi para o Tribunal de Justiça, quando a Câmara Criminal decidiu submeter Cavalcante e Silva Filho a julgamento popular. Na época dessa decisão, os desembargadores decretaram a prisão de Edgar Romero Barros e Valdomiro Santos, que se encontravam em liberdade. Antes disso, Edgar Romero havia sido preso em Recife, para onde havia fugido após o assassinato de Ricardo Lessa. Como forma de atrasar a realização do julgamento, a defesa de Cavalcante chegou a provocar o adiamento do júri – que estava marcado para julho - pedindo à Justiça novas diligências. Uma delas buscava informações sobre o assassinato do deficiente físico Joseildo, ocorrido dentro da Unidade de Emergência da capital. A defesa queria, ainda, informações sobre um atentado sofrido pelo ex-prefeito de Águas Belas, Hidelbrando Albuquerque, mas também não houve resposta por parte da Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco. Com isso, o juiz Paulo Nunes, da 3a  Vara Criminal, resolveu marcar a nova  data de julgamento, que deverá ser um dos mais concorridos dos últimos  anos.

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