Condenado em nove processos por tráfico de drogas e um por homicídio a 72 anos de reclusão, o detento Francisco de Assis Jacinto, 47, que cumpria sentença no Instituto Penal São Leonardo, foi assassinado com 12 golpes de faca (artesanal) e teve a cabeça aberta a golpes de cacete, às 6h de ontem, no Raio Superior da cela 6. “Chico de Assis”, como era conhecido, não teve a menor condição de se defender. O delegado Francisco Lima, diretor do São Leonardo, explica que pelo estado em que ficou o cadáver de Assis, pelo menos quatro presos participaram de sua execução. Lima disse que o homicídio ocorreu dentro da cela minutos após ter sido aberta para que os detentos tivessem acesso à cozinha, para tomar o café da manhã. “Os colegas de cela de Assis já interrogados alegam que quando saíram daquele local o Assis estava vivo. Acreditam eles que outro grupo invadiu a cela para matá-lo. A verdade é que este detento tinha vários problemas na prisão. Tinha acabado de ser transferido do Baldomero Cavalcanti para o São Leonardo e acabou sendo morto”, relata Francisco Lima. O diretor enfatiza que os autores do crime usaram pedaços de chapa para fabricar as facas. O material é retirado de velhas paredes e transformado em armas muito usadas nos presídios brasileiros, apesar das revistas feitas duas vezes por dia no São Leonardo. O cadáver de Francisco de Assis foi trasladado para o Instituto Penal São Leonardo e o crime está sendo apurado pelo delegado Manuel Bezerra, do 10º Distrito. A segurança do São Leonardo já tem pistas para esclarecer o crime. Assis estava jurado de morte na prisão.