Polícia
Bandidos atacam moradores e arrombam igreja no Jacintinho

Moradores do conjunto Claudenor Sampaio, no bairro do Jacintinho, denunciam o clima de insegurança e crescimento da violência praticada por quadrilhas que agem, sobretudo depois do pôr-do-sol, contra transeuntes, proprietários de estabelecimentos comerciais e até mesmo contra a Igreja Católica, arrombada no último fim de semana. ?Só circula pela região à noite quem precisa sair de casa. Não há polícia e vivemos em clima de total insegurança?, denunciou, ontem pela manhã, o aposentado Sebastião Miguel de Oliveira, que reclamava ainda da paralisação da obra de construção da 1ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar. ?A PM ficou de instalar no local uma companhia, mas a obra que poderia garantir segurança ou pelo menos inibir a ação dos marginais está paralisada há mais de quatro meses?, denuncia Sezinando Félix Monteiro, líder da comunidade do Claudenor Sampaio, no bairro do Jacintinho. Para o morador Cícero Fernando de Oliveira, a ausência do aparato policial é terreno fértil para a proliferação de marginais que agem em plena luz do dia e pilham o patrimônio de quem tenta sobreviver com dignidade. Castiçais Os marginais que agem na região não poupam sequer a casa de Deus. Há pouco mais de dois dias, a Paróquia de Nossa Senhora das Dores, numa das principais avenidas do Jacintinho, recebeu a visita de três pessoas ainda não identificadas. ?Levaram caixas de som, castiçais e outros pertences da comunidade católica?, diz uma testemunha que preferiu não ser identificada. Ainda de acordo com outros moradores, a situação tem-se agravado depois da greve da Polícia Civil, cujos integrantes paralisaram suas atividades há mais de um mês. ?Na semana passada, três marginais invadiram a casa de um amigo e o espancaram com socos e cacetes. Em seguida, roubaram-lhe diversos pertences. Com a polícia em greve, sentimo-nos completamente desprotegidos e desrespeitados pelo poder público?, desabafa Sebastião Miguel de Oliveira. Um abaixo-assinado produzido pelos moradores também não foi capaz de sensibilizar o governo do Estado a instalar uma Companhia da Polícia Militar no local. ?Eles puseram a faixa, levantaram algumas paredes e nada mais fizeram. Ou seja: continuamos sem qualquer segurança?, completa seu Cícero Fernando de Oliveira.