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Nº 5902
Polícia

Aus�ncia de jurados adia julgamento de Cavalcante

Remarcado para ontem, o julgamento do ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante foi mais uma vez adiado. Desta vez, o motivo foi a ausência da maioria dos 21 jurados convocados que alegaram motivos de doença e gravidez. Acompanhado desta vez do

Por | Edição do dia 09/10/2002 - Matéria atualizada em 09/10/2002 às 00h00

Remarcado para ontem, o julgamento do ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante foi mais uma vez adiado. Desta vez, o motivo foi a ausência da maioria dos 21 jurados convocados que alegaram motivos de doença e gravidez. Acompanhado desta vez do advogado Gilvan Lisboa, que faltou ao primeiro julgamento também por motivo de saúde, Cavalcante foi ao Fórum sob um forte esquema de segurança realizado por homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Mas diante da existência de apenas cinco jurados em condições de participar do julgamento – alguns foram recusados por terem participado de outros júris onde o ex-militar também foi réu – o juiz Paulo Nunes resolveu adiar o julgamento para o dia 6 de novembro. Cavalcante foi pronunciado como o autor intelectual do assassinato do delegado Ricardo Lessa e de seu motorista, Antenor Carlota, ocorrido em outubro de 1991. Na  semana retrasada, o 3o Tribunal de Júri condenou a 15 anos de prisão  cada um dos cinco homens apontados como os autores materiais. Candidato Após o juiz Paulo Nunes decidir pelo adiamento da sessão, Cavalcante concedeu entrevista ainda na sala do júri, quando surpreendeu a todos anunciando a sua candidatura a prefeito do município de Santana do Ipanema. “Estou pagando caro pelo simples fato de ter entrado na política, mas estou onde estou com dignidade”, disse o ex-militar, que atualmente cumpre pena de 26 anos no Presídio Baldomero Cavalcanti, sendo 22 anos por ter sido apontado como o chefe da gangue fardada (receptação e desmanche de veículos roubados) e quatro anos por porte ilegal de arma. Cavalcante afirmou que só não seria candidato a prefeito de Santana se o prefeito Marcos David – que é seu primo – for disputar a reeleição. Ele afirmou que pode vir a disputar uma eleição porque os processos em que foi condenado ainda não transitaram em julgado. Com relação ao assassinato do delegado Ricardo Lessa, Cavalcante disse que não mandou matá-lo porque ele era seu amigo. “Me apontar como autor intelectual desse crime é uma coisa subjetiva, porque estão imputando um fato criminoso a uma pessoa que não tem nada a ver com o crime”.

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