A falta de segurança nos postos de concessão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)), sobretudo depois que o órgão substituiu os vigilantes por segurança eletrônica, deixa os médicos expostos a riscos, agressões e ameaças por parte dos usuários do sistema previdenciário. Segundo informações do diretor do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), José Roberto de Moraes, o Sinmed acionou o Ministério Público Federal para investigar o nível de insegurança nesses locais de trabalho e exigir as devidas providências do INSS. “O Ministério Público quer saber, através de documentação, quais os postos que oferecem segurança, por haver um clima de insegurança entre os médicos peritos que sofrem todo tipo de ameaça, inclusive de morte, têm seus carros arranhados na pintura, entre outros problemas”, diz José Roberto. Os problemas ocorrem quando algum tipo de benefício é cortado ou não concedido, contrariando os interesses dos envolvidos. Os casos de agressões ocorrem em todo o País: houve um assassinato em João Pessoa (PB) e, há um mês, em Aracaju SE), um médico perito do INSS foi vítima de tentativa de assassinato e levou 12 facadas. Há dois anos, a médica alagoana Cândida Falcão foi esmurrada e duramente agredida. O fato levou os sindicatos de Alagoas, Brasília, Pernambuco e Rio Grande do Sul a se mobilizarem solicitando providências. “A Gerência do INSS, em Alagoas colocou policiais militares nos postos, mas nós sabíamos que não iriam continuar, por fugir à competência de suas funções e cabe ao INSS colocar pelo menos dois vigilantes em cada posto de benefício”, afirma José Roberto. Além do Sinmed, outras entidades médicas estão mobilizadas para mudar o quadro.