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Nº 5796
Polícia

Quadrilhas aterrorizam a popula��o de Macei�

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Por | Edição do dia 27/10/2002 - Matéria atualizada em 27/10/2002 às 00h00

RÓDIO NOGUEIRA A sociedade está acuada. A cada fim de semana os bandidos chegam a praticar até três assaltos por dia contra postos de gasolina, mercadinhos, farmácias, loterias, açougues e nem os templos religiosos estão fora das quadrilhas espe-cializadas. Os grupos agem armados e ameaçam matar quem tiver ousadia de pelo menos pensar e atrapalhar o serviço das quadrilhas. Os delitos ocorrem à luz do dia, muitas vezes próximos a delegacias de polícia nos bairros e centro de Maceió. A ação dos bandidos tem provocado o fechamento de pequenas empresas. Uma delas foi atacada três vezes, mas o seu proprietário explica que vai continuar mantendo-a aberta, porque é dali que tira um pouco de dinheiro para alimentar a família. E como nem as igrejas estão livres dos marginais, há cerca de um mês uma foi arrombada no Conjunto Benedito Bentes. Os autores não encontraram dinheiro, mas roubaram todo serviço de som, fiação, torneiras, pias e até o sanitário foi arrancado e levado. O responsável que não pode ter o nome revelado porque sabe do perigo que corre se apontar os acusados para a polícia. “Até acho que os policiais conseguirão localizar e capturar os elementos. Mas os conheço porque eu servia alimentação para alguns deles. Então, o melhor é manter em sigilo os nomes dos marginais”, relata o responsável pela igreja evangélica. A Grota da Alegria, no Conjunto Benedito Bentes, é considerado como o maior refúgio das quadrilhas que atuam naquele populoso logradouro. Ali várias facções atuam e muitas vezes se matam pela divisão territorial. Quem ali reside não tem o direito de sentar em sua porta para conversar com os vizinhos porque pode está num fogo cruzado. Bancas de revistas também são atacadas O comerciante Severino Lima Neto, dono de uma banca de revistas no bairro do Prado, teve cara a cara com os bandidos que assaltaram seu estabelecimento comercial. “O dia estava começando. Passava das 7 horas da manhã quando minha banca foi invadida por apenas um bandido, que de arma em punho anunciou o assalto. Não tive outra alternativa a não ser entregar 45 reais e o meu celular. Em momento algum pensei em reagir porque seria muito pelo bandido”, explica Severino Lima Neto. Ele disse que pensou em fechar a banca e voltar para o Rio de Janeiro onde reside sua família. No entanto, como alagoano está no mesmo local tocando seu negócio por que se trata de sua atividade profissional. “Tenho esposa e filho e preciso cuidar da vida deles. Espero nunca mais ser assaltado e passar o perigo que passei. A polícia por sua vez precisa agir com mais rigor colocando mais policiais nas ruas para combater esta onda de violência contra as pessoas”, espera Severino Lima Neto. Seu nome ela não revela. Diz que é natural de Palmares (PE) e veio morar em Maceió por se tratar de uma cidade calma, isto há 10 anos. Mas, no mês de agosto, ela teve sua banca de revistas Felicidade, instalada na Praça da Faculdade assaltada por dois bandidos que fugiram levando algum dinheiro. No dia seguinte, triste e revoltada ela resolveu fechar a banca.

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