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Nº 5759
Polícia

Cavalcante acusa ex-prefeitos pela morte de Lessa

A acusação foi o principal instrumento de defesa usado pelo ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante, ontem, no julgamento do processo em que é acusado pelo assassinato do delegado Ricardo Lessa e do seu motorista, Antenor Carlota. Na nova versão, Cavalca

Por | Edição do dia 07/11/2002 - Matéria atualizada em 07/11/2002 às 00h00

A acusação foi o principal instrumento de defesa usado pelo ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante, ontem, no julgamento do processo em que é acusado pelo assassinato do delegado Ricardo Lessa e do seu motorista, Antenor Carlota. Na nova versão, Cavalcante acusou os ex-prefeitos pernambucanos Hildebrando Albuquerque, de Águas Belas, e Josa do “Brejão”, da cidade de Brejão, além do ex-prefeito de Batalha (AL), Zé Miguel, de terem planejado o atentado e morte do delegado. Manoel Cavalcante chegou por volta das 8h30 ao Fórum desembargador Jairon Maia Fernandes, escoltado por um forte esquema de segurança formado pelo Bope, Bptran e Radiopatrulha. O júri, presidido pelo juiz Paulo Nunes, começou com o interrogatório do ex-militar, que durou toda a manhã. Cavalcante alegou inocência no caso e contou, com riqueza de detalhes, fatos inéditos no processo. Além dos três ex-prefeitos, apontados como autores intelectuais, ele apontou como executores um pistoleiro conhecido como Zé Bodão, os soldados Malta, Marcos Antônio e Mendes, da polícia de Pernambuco, o sargento reformado Vieira, todos da segurança de Hildebrando Albuquerque, além de seu irmão Hiberlúcio; o fazendeiro alagoano Zé Maria Boiadeiro e outros dois pistoleiros (Jair e Alan), de Pernambuco, o gerente de uma fazenda de Zé Miguel, identificado como Cláudio, além do soldado Nen, segurança do ex-prefeito de Batalha. Os crimes, segundo o ex-militar, ocorreram por causa de uma ação comandada por Ricardo Lessa para prender “Zé Bodão”, que resultou na morte de seguranças dos ex-prefeitos, no interior de Pernambuco. Também citou a disputa de poder entre Zé Miguel e o ex-deputado Elísio Maia. O julgamento de Cavalcante, iniciado ontem, deve ser concluído hoje. Ele já havia sido adiado por duas vezes, a primeira porque o advogado do acusado alegou impossibilidade de comparecer ao júri por motivo de doença e a segunda por causa da ausência da maioria dos jurados convocados, que alegaram o mesmo motivo. Ricardo Lessa foi assassinado no dia 9 de outubro de 1991, com uma rajada de metralhadora, quando parava seu veículo à porta da residência de sua sogra, no bairro de Bebedouro. Junto com ele foi executado o policial civil Antenor Carlota, seu segurança.

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