O perfil do invasor de residências inclui o jovem que está no crime em outras modalidades, como o tráfico, assalto a mão armada e até homicídio. Para se capitalizar e cometer outros delitos, eles escolhem residências vulneráveis e situações criadas pelos proprietários ou pessoas da casa. Podem ser trabalhadores, parentes e até entregadores que ouvem conversas e negociações, ou presenciam situações em que comerciantes e empresários “entregam” que levam dinheiro para casa. “Foi o que aconteceu em um prédio na Ponta Verde. Funcionários de uma construtora realizavam um serviço e o patrão marcou de pagá-los no local do trabalho. No dia, os ladrões, de posse dessa informação, chegaram junto com os operários. O porteiro viu o grupo e achou que eram todos da mesma obra. Minutos depois, o assalto se consumou”, relatou o delegado. O “fator surpresa” também é uma estratégia utilizada pelos bandidos. Ao se associarem para o crime, deixam seus bairros, em geral na periferia, e saem para agir nas áreas nobres. Alguns relataram a polícia que chegam a rodar por horas até encontrar uma rua calma, sem movimento e com pessoas conversando ou chegando do trabalho em carros de luxo. No momento em que descem para abrir o portão ou se distraem, retirando algo do veículo, são rendidos.