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Nº 5822
Polícia

Comunidade gay exige puni��o para criminoso

A execução de Pedro Rodrigues Salazar dos Santos, 33, “Pedro Lafond”, mobilizou a comunidade gay que exige da Secretaria de Defesa Social uma investigação aprofundada e o devido esclarecimento do crime. Membro do Grupo Gay de Alagoas, o travesti Cristian

Por | Edição do dia 10/11/2002 - Matéria atualizada em 10/11/2002 às 00h00

A execução de Pedro Rodrigues Salazar dos Santos, 33, “Pedro Lafond”, mobilizou a comunidade gay que exige da Secretaria de Defesa Social uma investigação aprofundada e o devido esclarecimento do crime. Membro do Grupo Gay de Alagoas, o travesti Cristiano Souza Lima (Cris de Paris), amigo de infância da vítima, explica que a morte de Lafond é apenas mais uma que entra nos dados do Estácio de Lima. Segundo Cris de Paris, deve haver homens frustrados matando os gays. “Veja bem, o Lafond era da noite e assim ganhava sua vida. Tenho a informação de que ele morreu por conta de um malsucedido programa. Teria ele saído com um cliente que se recusou a lhe pagar a importância de 30 reais pelo serviço. Foi morto como se mata um animal. Então, a grande verdade é que esse índice de violência é efetivamente um quadro negativo para o Estado, que começa a perder seu potencial turístico por conta dos constantes assassinatos”, alerta Cris de Paris. O travesti, que se identifica por Paloma, explica que pode até não existir um grupo especificamente matando travestis, mas, a noite, em Maceió, está ficando muito perigosa com a onda de ataques a gays e prostitutas que freqüentam as praias de Maceió batalhando pela sobrevivência. Segundo Rita de Cássia Rodrigues Salazar, prima de “Lafond”, ele era da noite e vivia se prostituindo. “Mas, não deu motivos para morrer assassinado. Não tenho a quem atribuir o crime. O Pedro tinha seus amigos e gostava da noite. Esta versão de que ele teria quebrado o pára-brisa de um veículo eu não tenho certeza. Tenho certeza de que ele foi executado de forma covarde e está sepultado para o resto da vida”, lamenta Rita de Cássia Rodrigues Salazar. Na opinião de Cristiano Souza Lima (Cris de Paris), a comunidade gay de Alagoas, aflita, vai cobrar do presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGA), Marcelo Nascimento, que mantenha contato com o secretário de Defesa Social, no sentido de que ele coloque policiais nas praias de Maceió. Não apenas com o objetivo de garantir a vida dos travestis, mas das pessoas que gostam de virar a madrugada tomando um chopinho gelado e batendo papo com amigos na orla marítima. “Basta colocar os homens nas ruas, porque, com certeza, vai inibir a ação de bandidos”, acredita “Cris de Paris”, que está chocada com o assassinato de “Pedro Lafond”, seu amigo de infância.

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