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Nº 5822
Polícia

Galeras cobram ped�gio em ruas da Brejal

Uma nova denúncia de pagamento de pedágio, cobrada pelo crime organizado aos cidadãos de Maceió, foi feita, ontem, por moradores da periferia. Desta vez, a denúncia vem da Vila Brejal, no bairro Levada, onde a violência domina. Os moradores garantem que s

Por | Edição do dia 15/11/2002 - Matéria atualizada em 15/11/2002 às 00h00

Uma nova denúncia de pagamento de pedágio, cobrada pelo crime organizado aos cidadãos de Maceió, foi feita, ontem, por moradores da periferia. Desta vez, a denúncia vem da Vila Brejal, no bairro Levada, onde a violência domina. Os moradores garantem que são obrigados a pagar, em média, um real, para voltar para casa em segurança. Quem se recusa a desembolsar o dinheiro é espancado e corre o risco de morrer. A violência no Jardim São Francisco, antiga Vila Brejal, está maior a cada dia, adverte a dona de casa Vital, que teve o filho assassinado após se envolver numa confusão com um dos líderes de “galeras” que freqüentam o bairro. Também é grande o número de pessoas que consomem drogas e álcool na área, segundo os próprios moradores, e isto aumenta os índices de agressões, roubos e assaltos. Dona Gildete dos Santos, outra moradora do antigo Brejal, já viveu um drama provocado pela violência que se intensifica no bairro. Ela conta que seu filho foi comprar uma carteira de cigarros, quando foi abordado por um bandido que lhe pediu um real. Como o rapaz se recusou a entregar o dinheiro, foi executado a tiros. Os moradores denunciam que muitas vezes precisam pagar para poder chegar em casa. Para passar por algumas ruas do bairro é preciso pagar um real. Se reagir, pode ser espancado ou assassinado. As abordagens ocorrem a qualquer hora, mas são mais freqüentes à noite. Nivaldo Gerônimo, um morador, revela que um grupo de marginais fica em sua rua exigindo dinheiro de todo mundo que passa. Segundo ele, mais de 20 pessoas já morreram em confusões com drogados e marginais na região. A Associação dos Moradores da Vila São Francisco tenta conseguir policiamento para a área e já solicitou ao comandante do 1º Batalhão da PM o envio de reforço policial. Só que até agora não recebeu resposta.

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