Ex-secret�rio acredita que gangue fardada matou “Eto”

O ex-secretário de Defesa Social Mário Pedro, presidente do inquérito que apurou a execução do chefe de arrecadação Sílvio Vianna, acredita que Ebson de Vasconcelos Silva, o ?Eto?, pode ter sido assassinado a mando de Manuel Francisco Cavalcante, Fernando Fidélis, Silva Filho e Garibaldi Amorim. ?Após Ebson de Vasconcelos apontar Cavalcante, Silva Filho, Fernando Fidélis e Garibaldi como autores materiais da execução de Sílvio Vianna, em depoimento à polícia, disse que naquele momento estava assinando o seu atestado de óbito?, lembra Mário Pedro, que foi o segundo delegado a presidir o caso. Mário Pedro relatou que em várias entrevistas Ebson de Vasconcelos Silva sempre citava essas quatro pessoas como elementos ligados diretamente ao homicídio. Então, é uma questão de raciocínio. ?O ?Eto? se entregou à Polícia Federal porque sabia que, sem estrutura policial, estaria vulnerável e temia pela vida. Com essa denúncia em um dos seus interrogatórios, ele se deparou com gente tida como da pesada, passando a ser inimigo. Então, a possibilidade de ter sido vítima de vingança jamais pode ser descartada pela polícia?, alertou o delegado Mário Pedro. O ex-secretário relatou que sua opinião deve ser alvo de investigação por parte da Polícia Civil. ?Afinal de contas, o vigilante Ebson de Vasconcelos Silva tinha consciência de que jamais seria perdoado por ter colocado na cadeia Cavalcanti, Fidélis, Silva Filho e Garibaldi?, completou o delegado Mário Pedro. Mário Pedro sugere que polícia ouça Cavalcante no inquérito O então presidente do inquérito que apurou o rumoroso Caso Sílvio Vianna, delegado Mário Pedro, sugere ao delegado José de Deus Massa que, com base nos depoimentos do vigilante Ebson de Vasconcelos Silva, onde ele responsabiliza Manuel Francisco Cavalcante, Silva Filho, Garibaldi Amorim e Fernando Fidélis como autores materiais da execução de Sílvio Vianna, intime essas pessoas para prestar interrogatório sobre o caso. ?Não estou afirmando que essas pessoas mataram o ?Eto?. No entanto, acredito na possibilidade?, enfatiza o ex-secretário de Defesa Social, delegado Mário Pedro. Mário Pedro não considera a morte de Ebson de Vasconcelos Silva como queima de arquivo porque tudo o que disse à polícia e à Justiça está consignado nos autos do processo e ninguém pode mudar a história. Ele não vê necessidade de a Justiça reabrir o caso Sílvio Vianna porque a autoria do crime já está determinada. ?Além de mim, também trabalharam no caso os colegas delegados Fernando Tenório, Joacir Avelino e Marcos Omena (da Polícia Federal). Decidimos indiciar Silva Filho, Cavalcante, Fidélis e Garibaldi com base nas denúncias de Ebson de Vasconcelos?, lembra Mário Pedro. O ex-secretário relata que ?Eto? disse que ouviu de Silva Filho, Fernando Fidélis e Garibaldi que os três, com a participação de Cavalcante, teriam emboscado e assassinado o chefe de arrecadação estadual Sílvio Vianna. ?Fizemos a nossa parte bem-feita?, enfatiza o delegado.