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Nº 5824
Polícia

Viol�ncia marca mais um fim de�semana em Alagoas: 11 homic�dios

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Por | Edição do dia 19/11/2002 - Matéria atualizada em 19/11/2002 às 00h00

A violência voltou a imperar em Alagoas no feriadão. O Instituto Médico Legal Estácio de Lima (Maceió) registrou onze homicídios. Um deles foi praticado no dia 15: José Francisco dos Santos, 23, foi morto a tiros na cidade de Marechal Deodoro. No mesmo dia, Edicarlos Alexandre, 23, foi executado a tiros na cidade de União dos Palmares. Dia 16, um homem, ainda sem identificação, foi assassinado a tiros em Matriz do Camaragibe. Ele foi encontrado por trabalhadores rurais em um canavial e trasladado para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima para ser submetido a exames. Ainda no dia 16, o servente Fábio Silva dos Santos, 22, foi atacado e morto a tiros no Conjunto Selma Bandeira. Ele residia no Conjunto Benedito Bentes. Uma testemunha disse à polícia que dois elementos participaram da execução. Nataniel dos Santos, 20, estudante, foi morto a golpes de faca em um trecho da Rua Nascença, no Conjunto Clima Bom. A polícia não confirma, mas há a informação de que ele pode ter sido vítima de assaltantes que atuam naquela localização. Dia 17, Zenivaldo Hipolito Santos Almeida, 48, foi morto a tiros de revólver no Conjunto Virgem dos Pobres, no bairro do Vergel do Lago. Jatinel Ferreira dos Santos, 22, comerciário, foi executado a tiros em Bebedouro. Gilvan Batista Guedes, 28, foi assassinado a tiros no Conjunto Osman Loureiro. José Cícero dos Santos, 35, trabalhador rural, foi morto a golpes de faca na cidade de Murici. O IML recebeu também o corpo de Edmilson dos Santos, que morreu a golpes de faca. ### Pintor é morto com tiro de 12 e amigo diz que foi acidente O pintor José Cícero Souza foi morto com um tiro de espingarda calibre 12 nas costas, disparado casualmente pelo amigo Waldemir Tenório Cordeiro, às 18h do domingo, dentro do Fiat Uno de placa MVA-0724-AL, em um trecho da Rua São José, no Jacintinho. O pintor foi socorrido mas morreu na Unidade de Emergência Armando Lages. Valdemir, que é maqueiro do minipronto-socorro na Chã da Jaqueira, foi preso em flagrante e indiciado pela Polícia Civil. A arma, segundo ele, é de Edmilson Trindade, que será intimado para prestar esclarecimentos. Ontem, no 9º Distrito Policial, onde está recolhido, disse que estava no carro quando José Cícero Souza lhe pediu a arma. “No momento em que eu tirava ela do piso para lhe entregar, disparou. Vendo o estado do meu amigo de infância saí do local em disparada para o hospital, mas ele morreu. Confesso que não matei José Cícero. Foi um acidente porque se eu tivesse interesse em matá-lo não lhe teria prestado socorro”, relata Waldemir Tenório. Quanto ao motivo de estar com a arma no carro, ele prometeu revelar em seu depoimento ao delegado Agnaldo Ramos. O corpo de José Cícero foi levado para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, onde foi submetido a exames. Segundo um perito, o tiro de espingarda 12 atingiu as costas do pintor provocando mutilação de um dos braços. O delegado Agnaldo Ramos disse que, no desenrolar do inquérito, vai tomar as decisões que o caso requer. Mas no momento prefere adiantar o processo porque o autor prestou socorro à vítima e está preso.

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