A falta de decisões sobre a situação dos presos provisórios foi a principal queixa feita a juízes por reeducandos que se encontram no Presídio de Segurança Máxima. Ontem, durante mais uma visita às unidades prisionais, eles denunciaram haver vários casos de penas concluídas, sem que seja garantida a respectiva liberdade. Quem ouviu os reclames foi o juiz de execuções penais, José Braga Neto, que, juntamente com autoridades do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), lideradas pelo juiz Reno Viana, não somente conversou com os reeducandos, como verificou a qualidade do alimento servido diariamente. A medida faz parte do mutirão carcerário, que pretende reexaminar cerca de três mil processos em Alagoas. “Ouvimos todas as reclamações e iremos analisar, para opinarmos sobre isso num grande relatório. Precisamos destacar que têm sido viabilizadas algumas saídas como a construção de presídios, foi iniciada um presídio militar e acredito que com isso iremos dar um alento muito grande à questão da superlotação carcerária. Outro aspecto é que com a construção de outros presídios haverá também um tratamento com mais dignidade”, disse Braga Neto.