Reativa��o de celas � considerada retrocesso
A reativação do xadrez do prédio da antiga Central de Polícia do Sobral, aliada à determinação da Delegacia Geral da Polícia Civil para que plantonistas lotados nas cinco delegacias lá instaladas fiquem responsáveis pela custódia de presos não causou apen
Por | Edição do dia 24/11/2013 - Matéria atualizada em 24/11/2013 às 00h00
A reativação do xadrez do prédio da antiga Central de Polícia do Sobral, aliada à determinação da Delegacia Geral da Polícia Civil para que plantonistas lotados nas cinco delegacias lá instaladas fiquem responsáveis pela custódia de presos não causou apenas o protesto de dirigentes sindicais. Por dificultar a investigação de crimes, a medida oficializada pelo delegado-geral Paulo Cerqueira por meio da portaria nº 3436/2013 vai de encontro a todo o esforço que o Programa Brasil Mais Seguro tem feito para evitar a impunidade. E também contraria um dos objetivos centrais da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp): erradicar carceragens em delegacias. O retrocesso é tamanho que até mesmo delegados ligados à cúpula da Segurança Pública do governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB) procuraram a reportagem para denunciar que tal medida reduz a nada o esforço que o ex-gestor da Polícia Civil, Marcílio Barenco, fez ao mobilizar Ministério Público, Poder Judiciário e Defensoria Pública para desativar celas como as da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN), ainda em 2009, quando a Enasp previa tal feito como meta a ser cumprida apenas nos anos 2010 e 2011.