Policiais especializados em atividades de inteligência e gerenciamento de crise são exigências impostas hoje pela sociedade aos organismos de segurança pública. As estratégias de combate ao crime são cada vez mais complexas, visto que já não se admite desrespeito aos direitos humanos ou perda de vidas. Para o atual diretor da Academia de Polícia Civil, Cícero Feitosa, é um desafio que deve ser enfrentado com coragem. Há duas semanas, um grupo de 110 policiais iniciou um Curso de Operações Especiais, implantado nos moldes dos mais avançados, ministrado por delegados e policiais alagoanos preparados em academias do Sul do País e em Brasília. O delegado José Laurentino, comandante do Tigre, garantiu que “o que há de mais moderno está sendo discutido aqui, nas áreas de inteligência e gerenciamento de crise”. “E isto é importante, porque os policiais precisam se envolver em negociações demoradas com bandidos (seqüestro e assalto com reféns) e devem estar preparados para levar o delinqüente à exaustão e de preferência sem disparar um único tiro”, completou Laurentino. Técnicas de manejo e emprego de armas de fogo, inclusive com as carabinas, metralhadoras e pistolas P.40, estão sendo apresentadas ao grupo de policiais. “Nós estamos intensificando a preparação do tiro prático, da tomada de edificações e abordagem de veículo, além de busca pessoal”, afirmou o diretor Cícero Feitosa, acrescentando que um convênio entre a SDS e o Ministério da Justiça possibilitou a realização do curso.