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Nº 5759
Cidades

Policiais civis deflagram greve

Começa hoje a greve dos policiais civis alagoanos, por tempo indeterminado. Ontem, 60 agentes da Polícia Civil que atuavam em chefias ou recebiam alguma gratificação entregaram os cargos, na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil, no bairro de Jacarecic

Por | Edição do dia 24/02/2017 - Matéria atualizada em 24/02/2017 às 00h00

Começa hoje a greve dos policiais civis alagoanos, por tempo indeterminado. Ontem, 60 agentes da Polícia Civil que atuavam em chefias ou recebiam alguma gratificação entregaram os cargos, na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil, no bairro de Jacarecica, parte baixa de Maceió. A medida é mais uma forma de protesto para cobrar reajuste salarial. O vice-diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol/AL), Ricardo Nazário, afirma que o sindicato espera uma adesão de 100% na entrega dos cargos durante os próximos dias. “Amanhã [hoje] as delegacias estarão abertas, mas os chefes de operação e cartório não estarão. Manteremos apenas os 30% dos serviços”, avisou. De acordo com o sindicalista, o estopim da greve é a proposta apresentada pelo novo secretário de Planejamento, Fabrício Marques, que teria alterado a oferta anteriormente acordada entre governo e policiais. Inicialmente, o pagamento do valor do piso seria efetuado em duas parcelas, em março de 2017 e março de 2018. Porém, o novo gestor propôs o reajuste em uma única parcela, em dezembro de 2018, que valeria a partir de janeiro de 2019. A Polícia Civil negocia a implantação do piso de R$ 3.700 há mais de dois anos. Apesar de terem nível superior, atualmente, eles ganham R$ 3.062, menos do que um militar de nível médio, segundo o Sindpol. Esta é a segunda vez que a classe entra em greve após as negociações não avançarem desde o início das conversas, em 2016. “Quando deflagramos greve da outra vez, o governo pediu que voltássemos, disse que não daria aumento a uma classe reservada, mas a todo o funcionalismo de uma vez. Mas o que aconteceu foi que ele deu aumento para o Detran, para os agentes penitenciários, para os professores da Uneal e nós ficamos de fora. Parece até que o governador tem alguma coisa contra a Polícia Civil, só pode”, acrescenta Ricardo Nazário. A greve será iniciada dois dias após a Secretaria de Segurança Pública anunciar o plano de segurança para o carnaval.

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