Polícia
Consumo de cocaína cresce nas áreas pobres da região

Entre as drogas, a mais popular e com o maior número de usuários em todo o País é a maconha, consumida por mais de 95% usuários e de todas as classes sociais. Nas bocas de Alagoas aumentou a procura de pó. O preço da grama caiu de R$ 50,00 para 20,00. Mesmo assim, está longe de competir com a procura por fumo. Nos serviços delivery da droga, os viciados também fazem encomendas consorciadas: 50 gramas de maconha por R$ 150,00 e uma grama de pó (cocaína). Por conta das crescentes apreensões de coca, o serviço de inteligência da polícia percebeu o crescimento do consumo entre as camadas mais pobres dos viciados. A droga até então estava restrita às classes média e ficava restrita aos bairros nobres, por conta do alto valor. Uma grama de cocaína pura (comercializada em saquinho ou pino) custa entre R$ 40,00 e 50,00. Segundo o Levantamento Global da Droga feito na Inglaterra e divulgado no ano passado pela revista Veja, o Brasil tem o pó mais barato do mundo. Aqui a grama pura não passa de 12 euros (R$ 45,00). Para popularizá-la e reduzir 50% do custo, os traficantes passaram a misturá-la a outros produtos químicos. Nos bairros pobres, grotas e favelas, o mercado do pó batizado ou malhado (misturado com farinha, amido de milho e outros produtos químicos) cresce e isso faz aumentar a preocupação da Segurança Pública. Sem fornecer maiores detalhes, o delegado de Repressão ao Narcotráfico, Gustavo Henrique, confirmou a informação do crescimento de tráfico de cocaína nas áreas pobres da região metropolitana. A maconha ainda é a mais procurada: 50 gramas custam de R$ 150,00 a R$ 200,00, e as pequenas quantidades (trouxinhas) variam de R$ 10 a R$ 20. O crack é a droga mais barata. Com um grama é possível fazer sete pedrinhas. Cada pedra custa R$ 5.