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quarta-feira, 09/07/2025 | Ano | Nº 6006
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Violência avança para o interior

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Pilar, Rio Largo e Marechal Deodoro (AL) ? O enfrentamento das forças de segurança à criminalidade na última semana interrompeu o ?mata-mata? que vinha provocando um derramamento de sangue no município de Pilar. A intervenção civil e militar foi marcada pela presença de dezenas de viaturas plotadas e descaracterizadas, circulando nas áreas urbanas, no entorno e rodovias. O resultado, os moradores dessas cidades viram em forma de abordagens e blitze que culminaram com 20 prisões, na última quinta-feira, 22. A quantidade de envolvidos é reflexo da disputa entre facções para o controle da distribuição e comércio de entorpecentes, em especial o crack, mas também de maconha e até cocaína. ?Sem dúvidas a proximidade com Maceió é determinante para o avanço da violência. É de lá que vêm as drogas e quem as comercializa. O estrangulamento do crime, na capital, fez com que o crime e os criminosos se espalhassem para o interior, que, por não dispor de estrutura para o combate, viu a violência crescer?, admitiu o delegado de Pilar, José Carlos André dos Santos. O reflexo foi a multiplicação dos inquéritos, nos últimos dois anos, ao mesmo tempo em que, na capital, os crimes com morte, oriundas ou não das disputas, sofreram queda. De acordo com o Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac), vinculado à Secretaria de Segurança Pública (SSP), em janeiro deste ano foram mortas 54 pessoas em Maceió, enquanto que no mesmo mês, em 2017, perderam a vida 79 pessoas. A estatística também apontou redução de 32% no número de mortes, quando somadas às ocorrências em todo o Estado. Comparando-se o primeiro mês deste ano, nota-se que, em 2017 a violência tragou 208 vidas, enquanto que no mesmo período, em 2018, ocorreram 161 mortes. Por isso que o Estado partiu para ação. Em Rio Largo, o delegado Lucimério Campos assumiu o comando de dezenas de inquéritos sobre homicídios, quase sempre ligados ao tráfico. Isso porque, assim como na capital, as facções criminosas também têm atuação no município da região metropolitana de Maceió. Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho são as que atuam em Alagoas. Uma delas, em Pilar, provocou mortes pela disputa de espaço. Somente no fim de semana passado, foram três homicídios em menos de 24 horas. A onda violenta iria culminar com uma trama de morte contra o prefeito de Pilar, Renato Filho, por um adolescente identificado como ?De Menor?, de apenas 14 anos.

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