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Pres�dio Ciridi�o Durval tem princ�pio de rebeli�o

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RÓDIO NOGUEIRA Doze presos da cela de castigo do Presídio Ciridião Durval, recém-inaugurado pela Secretaria de Justiça e Cidadania -Sejuc-, iniciaram, ontem, uma rebelião que só foi abafada com a chegada do diretor-geral da instituição, capitão Alessandro Paranhos, após 40 minutos de diálogo. Segundo Paranhos, no início da manhã agentes penitenciários descobriram que no módulo onde estavam os 12 detentos havia estiletes escondidos. “Foi feita uma revista onde se constatou que realmente a informação era verdadeira. Os sentenciados foram transferidos imediatamente para a cela de castigo. Lá, queimaram um colchão e iniciaram uma manifestação para chamar a atenção dos demais presos. No entanto, a pretendida rebelião não passou de alarde”, explica o capitão Alessandro Paranhos. O capitão disse que chegou a acionar a Companhia de Guarda da Polícia Militar de Alagoas, que fica ao lado do presídio. No entanto, a companhia não precisou entrar na prisão porque ele mesmo foi à cela e conversou com os detentos, que desistiram da rebelião. “Obviamente, a revolta foi por- que encontramos os estiletes. Mas o grupo também protestava e cobrava a revisão nos processos, além de exigir a autorização para sair da prisão e visitar parentes doentes. Eu anotei todas as reivindicações e vou levar ao conhecimento do secretário de justiça, coronel Ronaldo dos Santos. Posso garantir, no entanto, que a polícia não precisou efetuar disparos, não aconteceu nenhum tipo de violência e ninguém foi ferido” , afirma o capitão Alessandro Paranhos. Os detentos Paulo Roberto Moraes, Cosmo Damião e Edson José de Araújo, recolhidos ao módulo 24, denunciam que a comida é de péssima qualidade e que não são respeitados pelos agentes penitenciários, que agem à revelia da direção geral. “Somos 24 presos no mesmo módulo. Um está com suspeita de tuberculose e não existe médico para atender. Vai acabar todo mundo contraindo a doença. É verdade que estamos aqui porque cometemos crimes. Mas temos nossos direitos garantidos, o que não está sendo respeitado”, ressalva Edson José de Araújo. A direção explica que os casos citados estão sendo analisados, por- que não é permitido que os presos sejam maltratados.

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