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Delegado ouve hoje irm�o de usineiro assassinado

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O engenheiro eletricista Rogério Oiticica, da Usina Santa Clotilde e irmão do industrial Bernardo Oiticica, irá prestar depoimento, hoje, ao delegado Oldemberg Paranhos, sobre os fatos que presenciou, na última sexta-feira, quando Bernardo foi assassinado no escritório central da usina, em Rio Largo. O depoimento será colhido na delegacia daquele município. Rogério Oiticica disse que estava na empresa, quando o primo dele, Francisco Oiticica Quintela, assassinou Bernardo com dois tiros de pistola Taurus, modelo Millenium PT 380. ?Estranho a atitude de Francisco, pois o relacionamento dele com meu irmão sempre foi harmonioso e sadio. Espero que esse crime seja solucionado e que a Justiça seja feita?, frisou Rogério Oiticica. Ele acrescentou que sua família sempre foi unida, com quase 300 anos de história. Porém, nos últimos três meses, essa harmonia deixou de existir entre a família Oiticica. A disputa começou depois que membros da família reuniram-se e resolveram excluir a vítima da direção do grupo, tendo sido o mesmo afastado em uma reunião societária, realizada sem o conhecimento dele, para colocar em seu lugar um genro de um dos acionistas do Recife, Alberto Rodrigues. Porém, Bernardo Oiticica foi o responsável por tirar a usina do estado pré-falimentar para uma situação de solvência. Em 1988, ele assumiu a administração da empresa, que estava praticamente falida, sem qualquer crédito na praça. Em dez anos, conseguiu tirar a Usina Santa Clotilde do estado em que se encontrava. A situação da empresa passou a ser muito cômoda, tanto que o grupo recentemente adquiriu a antiga Usina Santana, atual Santa Maria, localizada no município de Porto Calvo, e ainda criou a empresa de água mineral Frascalli. /// Polícia faz diligências em todo o Estado para capturar Francisco RÓDIO NOGUEIRA Francisco Oiticica Quintela, 32, acusado de matar a tiros, na sexta-feira, às 12h30, no escritório da Usina Santa Clotilde, em Rio Largo, o industrial e primo Bernardo Gondim da Rosa Oiticica, 43, teve a prisão temporária decretada pelo juiz João Dirceu de Moraes, conforme revelou, ontem, o delegado presidente do inquérito Oldemberg Paranhos, que mantém várias equipes realizando diligências, com o objetivo de tentar localizar e capturar o acusado. Na segunda-feira, a autoridade policial ouviu a policial civil e noiva do acusado, Janaína de Almeida, sobre o homicídio. Segundo o interrogatório, ela disse que o noivo comentava que vinha tendo discussões com o primo por causa do comando da usina. ?Esta foi a revelação mais importante contida em seu depoimento?, ressalva o delegado Oldemberg Paranhos. Ele disse que deve ouvir, hoje, a mãe de Francisco Oiticica Quintela sobre os motivos que levaram seu filho a cometer o homicídio. Oldemberg quer saber se realmente havia uma briga pelo poder da indústria e quais os reais motivos. ?Toda informação é fundamental para se investigar um crime e, efetivamente, poder concluir o inquérito?, relata o delegado. Ele frisa que a prisão temporária tem a validade de 30 dias e que pode ser prorrogada, se houver necessidade. ?O acusado Francisco Oiticica Quintela continua foragido e eu ainda não fui procurado por nenhum advogado contratado pela família. Enquanto ele não se apresentar é considerado foragido da Justiça e a polícia está no seu encalço?, revela Oldemberg Paranhos. A prisão foi solicitada, no sábado, e decretada, no domingo, mas, somente ontem, a polícia informou à imprensa.

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