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AL atinge mil homicídios em seis meses

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Mergulhado em um verdadeiro mar de violência e criminalidade, o Estado de Alagoas registrou nos seis primeiros meses deste ano um dos piores índices de homicídios de sua história. De acordo com informações contidas no balanço estatístico da Secretaria de Defesa Social, foram notificados 1.107 assassinatos em um Estado com uma população estimada em três milhões de habitantes. Já o acumulado do ano, em Maceió, que tem uma população estimada em 900 mil habitantes, foi de 585 crimes, o que representa mais da metade dos homicídios ocorridos no Estado. No mês de julho, apesar de as autoridades de segurança pública comemorarem uma redução da criminalidade, ocorrida nos últimos meses, segundo dados do Instituto Médico Legal Estácio de Lima, até o dia 24 já foram registrados 84 homicídios em todo o Estado. ### Tabuleiro ainda lidera criminalidade O balanço estatístico do número de homicídios registrados em Alagoas no mês de junho foi apresentado no último dia 15 pelo secretário de Defesa Social do Estado, delegado Paulo Rubim. Segundo os dados da Defesa Social, foram registrados 178 homicídios no Estado somente no mês de junho. Desse total, 87 ocorreram em Maceió e 22 na região metropolitana, além de 69 no interior do Estado. ### Não temos porque mascarar situação O secretário de Defesa Social Paulo Rubim disse que os dados apresentados pela pasta retratam o quadro real da violência no Estado. Não temos porque mascarar informação alguma. São números reais e transparentes que retratam a realidade da violência em Alagoas, afirmou ele, ao ressaltar que todos os homicídios registrados são anexados ao levantamento estatístico. Quanto aos números expressivos da taxa de homicídios registrados nos seis primeiros meses deste ano, o secretário declarou que, apesar de serem altos, todos os assassinatos estão sendo investigados pela polícia e os culpados responsabilizados e punidos de acordo com o rigor da lei. ### Índice reflete anos de inércia, diz polícia Apontada pelo balanço estatístico da Secretaria de Defesa Social como a área mais violenta da capital alagoana e, conseqüentemente, do Estado, onde ocorrem a maioria dos crimes, o bairro do Tabuleiro com seus inúmeros conjuntos residenciais somados ao complexo Benedito Bentes apresenta os maiores índices de homicídio de Alagoas. Segundo o estudo, em junho passado, foram registradas 12 mortes no Tabuleiro e oito na Cidade Universitária, além de sete no complexo Benedito Bentes. Todas as localidades fazem parte da área do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) que tem um efetivo formado por 349 policiais. ### Pais de estudante morta têm medo Acusados ainda estão foragidos e a família teme pela própria segurança. Vivo com medo de ser morto. A minha segurança é Deus A criminalidade em Alagoas, além de alimentar os quadros estatísticos, também acaba destruindo famílias que sofrem a dor de perder uma pessoa amada. Um dos casos de maior repercussão em Maceió, ocorreu no último dia 14, quando a vida da estudante Maria José da Silva, 11, foi ceifada por uma bala perdida. A adolescente, que sonhava em ser médica, foi baleada e morta minutos após ter saído de casa para estudar. Ela foi atingida durante uma troca de tiros entre traficantes que estavam em bicicletas, nas proximidades da Escola Estadual Noel Nutels, no Jacintinho. Os acusados ainda estão foragidos e a família teme pela própria segurança. ### Polícia que protege é a que mata O sentimento de dor e revolta também é sentido pelo fazendeiro Moisés Almeida, pai do soldado Valdir Pereira de Almeida, 22, lotado no Batalhão de Policiamento de Radiopatrulha (BPRP), que foi baleado e morto durante uma abordagem policial, no último dia 3, nas proximidades da Praça Sinimbu, por volta das 13 horas. Ele foi atingido por um único disparo, na cabeça, deflagrado de dentro de um carro suspeito com cerca de três homens. Segundo informações da polícia, Valdir Pereira teria sido morto por um tiro disparado de uma arma registrada em nome de um colega de farda, o sargento Valter dos Santos. /// Em Alagoas, crimes refletem banalização da violência e a falta de investimentos na segurança. Foto: Gilberto Farias

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