Polícia
Tesoureiro afirma que n�o viu Chico discutir com industrial

O tesoureiro da Usina Santa Clotilde, Eduardo Araújo, prestou depoimento, na manhã de ontem, ao delegado de Rio Largo, Oldemberg Paranhos, que investiga o assassinato do industrial Bernardo Gondim Oiticica, e afirmou não entender até agora o motivo de o primo da vítima, Francisco Oiticica Quintela, conhecido como ?Chico?, ter efetuado os disparos que provocaram sua morte. Ele informou que de onde estava, uma das salas do escritório, deu para ouvir que a discussão envolvia Bernardo e outro diretor, que identificou como Alberto. Eduardo Araújo declarou também em seu depoimento que ouviu o irmão de Bernardo, Rogério Oiticica, aos gritos, pedir que não fizesse aquilo, pouco antes de ouvir os disparos da pistola calibre 380. Quando saiu da sala, o acusado já havia deixado o local e a vítima estava sentada no chão, agonizante. A testemunha revelou ao delegado Oldemberg Paranhos não ter visto no local da cena do crime Margarida Helena Oiticica, mãe de ?Chico?. Ela afirmou à polícia que o filho atirou no primo porque foi agredido com um soco, durante uma discussão, fato não confirmado pelas testemunhas ouvidas até o momento pelo presidente do inquérito. Ao passar pelo local onde Bernardo e Alberto discutiam, alertou Eduardo, havia apenas a secretária. ?Levei um cheque para o Fernando (outro diretor) assinar e ouvi a discussão se acirrar e, em seguida, os tiros?, completou o tesoureiro, responsável por outras revelações que estão sendo mantidas em sigilo pelo delegado Oldemberg para não prejudicar as investigações. Ele aguarda a apresentação do acusado que deve ocorrer ainda esta semana.