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Líder de camelôs é indiciado em golpe

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Regina Carvalho Repórter O delegado Denisson Albuquerque indiciou, ontem, o presidente da Associação dos Camelôs de Alagoas, José Laerson de Lira, por fornecer declarações de rendimento falsas para Renato Patrício da Silva, principal acusado no golpe do seguro. De acordo com a polícia, José Laerson de Lira forneceu declaração com comprovante de renda de José Batista da Silva. Ele forneceu documentos onde constavam que José Batista (mais conhecido como Zé Gotinha) trabalhava como camelô e tinha uma renda de R$ 1.100, sendo uma informação totalmente mentirosa, disse o delegado. Com a iniciativa do presidente da Associação dos Camelôs, Renato Patrício viabilizou a realização de um seguro no valor de R$ 175 mil, que tinha como beneficiários a própria mãe, Lenira Maria da Conceição e José Nilson dos Santos. Ele usou de má-fé. Renato disse que o comprovante era para um padrasto dele, que queria um apartamento do PAR, afirmou, ontem, o presidente da Associação dos Camelôs de Alagoas, Laerson de Lira, depois de indiciado no caso. O delegado Denisson Albuquerque disse ainda que o Zé Gotinha tem dedos amputados e é alcoólatra, por isso não teria condições de atuar como camelô. Laerson cadastrou o Zé Gotinha alegando que ele vendia jóias e confeccções no centro, na Rua Boa Vista, explicou o delegado. A mãe de Renato Patrício da Silva, Lenira Maria da Conceição, estava intimada a comparecer para prestar depoimento ontem, na CIAPC I, mas o advogado André Paiva Lopes informou que ela estava doente. Vou notificá-la para ela comparecer na quinta-feira [amanhã] e já solicitei o atestado médico ao advogado, disse Albuquerque. Renato Patrício continua no presídio Cyridião Durval, desde o dia 23 de março. Denisson Albuquerque, que preside as investigações, recebeu uma denúncia anônima e conseguiu ter acesso a produtos usados para tratamento capilar que possuem amônia na fórmula. Segundo o delegado, os produtos podem ter sido utilizados para serem misturados à bebida alcoólica de segurados, para que eles morram e o seguro seja liberado. Sem dúvida, esse tipo de produto poderia agravar a situação de quem já tinha problemas, acrescentou Albuquerque. Temos informações seguras de que Renato Patrício levava cachaça e cigarro para José Manoel, que já tinha a saúde comprometida, afirmou o delegado. Denisson Albuquerque fará acareação, na próxima segunda-feira, entre Marta Angélica, pessoa responsável por conseguir vítimas, e Adelson José de Medeiros, funcionário da empresa de seguros Mongeral. Na última segunda-feira, o delegado ouviu Adelson Medeiros, a mulher de Renato Patrício, Marta Valéria da Silva e José Nilson dos Santos, que aparece como um dos beneficiários de um seguro. Segundo a polícia, Renato aplicava o golpe do seguro em alcoólatras em estado terminal. ### Camelôs vão às ruas por presidente Munidos de faixas e cartazes, camelôs fizeram, ontem, protesto em frente à CIAPC I, no Farol, contra o indiciamento do presidente da Associação, José Laerson de Lira. De acordo com informações da polícia, Renato Patrício fez quatro seguros: o de Luís Pereira de Azevedo, no valor de R$ 50 mil (único recebido), tendo como única beneficiária Lenira Maria da Conceição; de José Manoel dos Santos, conhecido como Quinhentos, já falecido, no valor de mais de R$ 100 mil, tendo como único beneficiário o próprio Renato Patrício. Ele ainda é acusado de fazer os seguros de Benedito Antonio da Silva, no valor de R$ 175 mil e que tinha como beneficiários Adilson da Silva e Lenira, e ainda de José Batista da Silva, o Zé Gotinha, com seguro de R$ 175 mil, tendo como beneficiários José Nilson dos Santos, Lenira e o próprio Renato Patrício.

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