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DNA de sangue de filho é incompatível

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Ednelson Feitosa Carla Serqueira Repórter O sangue do filho de Macléia dos Santos Souza, coletado pelos técnicos do Laboratório de Genética Humana da Ufal, na manhã de ontem, não é compatível com o DNA do corpo encontrado num canavial em Boca da Mata, que Inês dos Santos, mãe de Macléia, afirma ser o de sua filha. Segundo o professor de genética Luís Antônio Ferreira da Silva, o DNA que nós tiramos dos ossos não pertence à mãe da criança da qual extraímos sangue para exame. Isso nós podemos afirmar do ponto de vista da genética. Inês dos Santos estranhou o resultado do exame e continua insistindo que o corpo, sepultado no cemitério de Branca de Atalaia, é o de Macléia, sua filha biológica. Até o fechamento desta edição, o delegado Ednaldo Marques não foi encontrado para esclarecer sobre o futuro das investigações. exame negativO Na última quinta-feira, o laboratório divulgou o resultado do primeiro exame de DNA, que fez uma comparação genética do material coletado do cadáver com sangue da mãe de Macléia. No entanto, deu negativo. O médico Aggeu Pessoa comentou com o delegado Ednaldo Marques haver duas hipóteses para o resultado negativo: Macléia seria filha adotiva ou teria sido trocada na maternidade. Até o momento, nenhuma autoridade policial admitiu a hipótese de ter havido violação do cemitério e troca de cadáveres. O cemitério não tem nenhum tipo de segurança e chegou a ser visitado por pessoas estranhas, conforme declarações do coveiro José Cícero Jeremias da Silva. Ele afirmou à polícia que duas pessoas procuraram saber se o corpo de Macléia já havia sido sepultado e onde estava enterrado. O fato teria ocorrido logo após o sepultamento do corpo, no dia 27 de fevereiro. Houve, também, homens que rondaram o cemitério de Branca de Atalaia num veículo Gol, de cor branca. Por ter pouca iluminação e não haver segurança no local, até mesmo o vigia do cemitério deixou de trabalhar no horário noturno. Ele, porém, não acredita na troca do cadáver. Inês dos Santos parecia ter perdido a esperança de ver esclarecida a novela que se tornou o sumiço de sua filha. Se eu tivesse o dinheiro que ele tem..., insinuou a mãe de Macléia, referindo-se ao juiz Willamo Lopes, ex-namorado de sua filha, com quem tem um filho de quase dois anos. Teria sido por causa do relacionamento, segundo apurou a polícia, que a jovem foi seqüestrada e supostamente assassinada pelo mototaxista José Sérgio de Azevedo, a mando da mulher do juiz, Amália Miranda. Sérgio e Amália foram indiciados em inquérito, mas a Justiça considera que ainda faltam evidências do envolvimento no crime. ### Juiz teria outro filho extra-casamento Inês dos Santos declarou que, no último sábado, foi ameaçada pelo juiz Willamo. Ele teria lhe dito que, se ela continuasse falando com repórteres, ele iria registrar e tomar o filho. Até hoje, passados quase dois anos do nascimento, o magistrado ainda não assumiu oficialmente a paternidade da criança, apesar de admitir, em Atalaia, que o filho é dele. Ele [Willamo] me disse que é vergonhoso o que está acontecendo e, por isso, mandou que eu me calasse, contou Inês. Questionada se deixaria de lutar por justiça, Inês relutou em responder e, em seguida, comentou: Vocês são testemunhas do que está acontecendo. Ela garantiu que Macléia é sua filha e que nasceu num posto de saúde numa usina de Feira Nova [hoje Teotônio Vilela]. Outro filho Na próxima segunda-feira, o promotor Nilson Miranda e o delegado Ednaldo Marques vão ouvir o depoimento de uma mulher que garantiu que o juiz Willamo tem outro filho em Atalaia e que a mãe da criança, que tem a identidade preservada pelas autoridades, foi ameaçada por Amália Miranda Lopes. A testemunha, Aline Maria da Silva, teria relatado, segundo uma fonte, que Amália pagou a um homem para aplicar uma surra na mulher, quando ela ainda estava grávida. Mas o homem gastou o dinheiro em bebida e não aplicou a referida surra. Ela admite ter sido procurada por uma pessoa, ligada a um coronel da Polícia Militar, com a proposta de que, se espancasse a mulher e ela perdesse a criança, ganharia uma considerável importância em dinheiro. Aline Maria também conheceu Macléia e advertiu ter ouvido dela que Amália, mulher do juiz, havia oferecido dinheiro para que fosse embora com o filho. Dizia que ficava constrangida com a presença da jovem e da criança em Atalaia. As declarações são consideradas bombas para o desenvolvimento das investigações que apuram o sumiço de Macléia. |EF

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