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Plano tenta conter violência em Maceió

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| FÁBIA ASSUMPÇÃO Repórter Maceió ocupa o primeiro lugar em homícidios em Alagoas, responsável por mais de 50% de mortes violentas registradas no Estado: 58% em 2001 e 51% em 2002. Em 2003, Maceió apresentou a maior taxa de ocorrência de crimes violentos letais e intencionais entre as capitais brasileiras, com 63,4 ocorrências por 100 mil habitantes. Esses são alguns dados contidos no Diagnóstico da Violência Urbana no Município de Maceió apresentado ontem, no 1º Workshop sobre Segurança Urbana e Defesa Social em Maceió, promovido pela Guarda Civil Municipal, no Maceió Mar Hotel. A análise dos indicadores da violência foi realizada com base em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, IBGE, Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), do Ministério do Planejamento e mais estatísticas do Registro Civil e do Ministério da Justiça. Plano de segurança Segundo o diretor-geral da Guarda Municipal, João Mendes, o diagnóstico vai servir para elaboração do Plano Municipal de Segurança Urbana de Maceió, sob a responsabilidade da Fundação Apolônio Sales (Fadurpe). Ele salientou a importância do plano para estabelecer as diretrizes que vão nortear a política de segurança do município. guardas municipais Hoje, Maceió tem 892 guardas municipais. Pela Lei 10.826, os guardas civis das capitais e nos municípios com mais de 500 mil habitantes, podem fazer uso de armas. Só que para isso, a Guarda Municipal tem que ter em sua estrutura uma Corregedoria e uma Ouvidoria. Estamos em processo de reestruturação da Guarda Civil de Maceió, que passará a ter uma Corregedoria e uma Ouvidoria, informou Mendes. Segundo ele, os guardas municipais também estão sendo preparados para o uso e manejo de armas. Alto custo O encontro reuniu integrantes da Guarda Civil Municipal e representantes de outros órgãos de segurança pública do Estado. A coordenadora-geral de Prevenção em Segurança Pública da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Cristina Gross Vilanova, disse que hoje a violência e a criminalidade têm um custo muito alto para a sociedade. De acordo com ela, nem sempre é no município mais violento que a população tem a sensação de mais insegurança. ### Capital tem folha corrida em índices de criminalidade A coordenadora da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Cristina Gross Vilanova, cita como exemplo o caso do Recife, que ocupa o primeiro lugar entre as quatro capitais mais violentas do País. Mesmo assim, é no Rio de Janeiro, que ocupa a segunda colocação, que a sensação de insegurança é mais sentida pela população. Ela disse que os órgãos de segurança precisam divulgar mais suas ações, porque isso é importante para que a população se sinta mais segura. Cristina ressaltou também a importância de se discutir um consórcio metropolitano para Maceió. Ela explicou que em algumas cidades como Brasília, os mais altos índices de violência estão concentrados nas chamadas cidades satélites. Mas, em Maceió, de acordo com dados do diagnóstico sobre violência, a situação é diferente. A capital é responsável por 82,4% do total de homicídios dentre os municípios da região metropolitana (Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Marechal Deodoro, Messias, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte e Satuba). Os indicadores da violência em Maceió apresentam alguns dados preocupantes. Maceió ocupa o 9º lugar dentre as 26 capitais do País, contribuindo com 2,81% do total de homicídios em 2002 Em 2003, apresentou a maior taxa de ocorrência de crimes violentos letais e intencionais por habitantes entre as capitais brasileiras com um valor de 63,4 ocorrências por 100 mil habitantes. Contribui com 12,35% dos homicídios ocorridos, em 2002, em nove capitais do Nordeste, ocupando o 4º lugar. É responsável por mais de 50% do total de homicídios do Estado (58% em 2001 e 51% em 2002), situando-se em primeiro lugar em Alagoas. Em 1998, a participação do município no número total de homicídio para o Estado era de 43,59%, passando para 51,72% em 2002. A capital é responsável por mais de 82,4 do total de homicídios da Região Metropolitana de Maceió. Os jovens (15 a 29 anos) são as maiores vítimas de homicídio, correspondendo, em média, para o período de 1998 a 2002 a 60% dos homicídios ocorridos no município. A taxa de ocorrência de delitos envolvendo drogas, em 2001, foi de 28,7 por 100 mil habitantes, a segunda maior em relação às capitais. ### Capital tem 31 carros tomados em assalto nos últimos 30 dias Mais três carros luxuosos foram roubados em Maceió, no início da noite da última quarta-feira, segundo boletins de ocorrência da Delegacia de Plantão I, no Farol. Um roubo ocorreu no Farol e dois na Gruta de Lourdes. Já são 31 carros tomados em assaltos em 30 dias, conforme levantamento do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). O delegado Arnaldo Soares de Carvalho revelou que o plantão foi movimentado e que ocorreram outros 15 assaltos à mão armada. Pessoas comuns como o servidor público Jurandir Tavares Pontes, 49, que, além do carro, perdeu R$ 650 para um bandido armado, em pleno Centro de Maceió. A primeira queixa de roubo de carro chegou à Deplan I por volta das 18 horas. A professora Nilva Moreira Barbosa, 62, estacionava seu carro na garagem de casa, na Gruta de Lourdes, quando foi atacada por dois homens armados. Eles roubaram o veículo da vítima, um Astra, prata, placa MVB 5241/AL. Os marginais levaram também a bolsa da professora com documentos, cartões e talões de cheques. Pouco tempo depois chegou à delegacia o vendedor Flávio Luiz Nicoletti, 30, informando que trafegava com seu veículo Corola, placa DKW 4505/SP, pela Avenida Fernandes Lima, no Farol, quando foi atacado por dois ladrões, armados de pistolas. Eles levaram o veículo, R$ 1 mil, em dinheiro, além de objetos pessoais da vítima. ASSALTO COM REFÉM A terceira queixa ocorreu por volta das 18h30. O motorista Possidônio Santos Neto, 35, saía da casa do patrão, Cândido Rogério Matos Marques Luz, com um Polo, prata, placa MVD 6655/AL, localizada na Gruta de Lourdes, quando foi atacado por três homens. Ele foi colocado no banco traseiro, enquanto um dos marginais assumia o volante e o levava como refém até as imediações do açude da Coca-Cola, no Distrito Industrial, Tabuleiro do Martins, onde foi libertado. Os delinqüentes fugiram com o carro. desova e desmonte A cúpula da Secretaria de Defesa Social, inclusive, investiga a possível existência de um esquema de legalização de carros roubados para clonagem de placas, como também o registro de aumento de locais de desova e desmonte de carros. As áreas nobres da cidade como o Farol, Jaraguá, Ponta Verde, Jatiúca e Cruz das Almas são mais visadas pelos assaltantes de veículos. EF

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