Polícia
Rodovi�rios protestam contra morte de colega

Em protesto contra o assassinato do motorista Pedro Severino dos Santos, 48 anos, que foi alvejado com tiros durante um assalto, o Sindicato dos Rodoviários realizou, ontem à tarde, uma manifestação em pleno centro da cidade, quando os ônibus ficaram parados por uma hora. Mas o protesto não chegou a prejudicar o trânsito. Durante o movimento paredista, formaram-se filas de ônibus na Rua do Comércio. Sindicalistas que comandavam o protesto limitaram-se a pedir aos motoristas para permanecerem parados apenas por uma hora, o que foi cumprido pela categoria. Policiais do Batalhão de Trânsito limitaram-se a orientar os demais motoristas, evitando congestionamentos. Blitze De acordo com o sindicato, este ano já ocorreram seis mortes de motoristas vítimas de assaltos. De acordo com o presidente do Sintranstur, Djalma Ramos, essa estatística inclui também os profissionais que atuam nas linhas de ônibus interestaduais e no transporte de cargas. ?Na Capital, apenas dentro de uma semana ocorreram duas mortes?, disse, referindo-se também ao assassinato de um cobrador, provocado por uma discussão com um passageiro. Diante da falta de segurança, os rodoviários querem que a Polícia Militar realize blitze diárias, a fim de verificar os passageiros que andam armados. A medida foi proposta pelo sindicato na reunião ocorrida ontem pela manhã com o secretário de Defesa Social, Antônio Arecippo. Ficou decidido que a PM iria deflagrar uma operação de abordagem dos passageiros dentro dos coletivos. ?Geralmente, os assaltos ocorrem em locais de pouca movimentação?, comentou Djalma Ramos, que irá pedir aos empresários a instalação de câmeras de vídeo nos ônibus. ?Sabemos que isso não resolve, mas pelo menos inibe a ação dos assaltantes?. Alerta Ao ser informado do protesto dos motoristas pelo próprio presidente do sindicato, o governador tratou de agendar imediatamente uma reunião da categoria com o secretário Antônio Arecippo. O sindicato ameaça fazer nova paralisação na próxima semana, caso não sejam adotadas as medidas de segurança, sendo que desta vez por um período mais prolongado de tempo. ?É preciso que a polícia tome uma providência?, reivindicou Ramos.