Polícia
Militares adiam aquartelamento para garantir aumento na Justi�a

MARCOS RODRIGUES A assembléia geral de todos os escalões dos militares decidiu, ontem, no clube dos sargentos, adiar o aquartelamento e tentar garantir na Justiça e no Poder Legislativo um percentual de aumento que garanta ganhos reais aos soldos. A ameaça de permanecer nos quartéis era uma medida extrema para pressionar o governador Ronaldo Lessa (PSB), rever a proposta de reajuste de 6% que, segundo a categoria, provocaria perdas ao invés de ganhos salariais. A proposta da categoria para o governo era de 38%. Depois de várias rodadas de negociações, os representantes das associações militares avaliaram que existe a possibilidade de garantir, inclusive, a aplicação da Lei 34.210, que redimensiona todos os soldos e pode deixar o menor salário dos militares perto de R$ 1.000. Segundo o presidente da Associação dos Oficiais, major Luciano, a categoria conseguiu apoios importantes para a causa da categoria. ?É preciso que se dê um crédito de confiança às lideranças. Além disso, o aquartelamento, agora, não afetaria o governador, mas sim a sociedade?, avaliou. Os militares ganharam o apoio de parlamentares, que se comprometeram em não votar nenhuma lei na Assembléia que não seja do interesse da tropa. ?Apoiamos a luta de vocês e só aprovaremos algo com aval de todas as lideranças?, disse o deputado Gilberto Gonçalves (PMN). Além dele, estiveram no ato os deputados Cícero Almeida (PDT) e Cabo Luiz Pedro (PTB). Ambos disseram contar com pelo menos 20 votos fechados para a reivindicação dos militares.