Irm� denuncia omiss�o na apura��o de seq�estro
Editoria de Polícia O pescador Roberto Carlos Santiago Leão, 38, um carioca que há 12 anos adotou a Praia do Francês como seu segundo lar, está desaparecido desde o último dia 19 de fevereiro. Ele se encontrava defronte de um passaporte, quando foi lev
Por | Edição do dia 17/03/2002 - Matéria atualizada em 17/03/2002 às 00h00
Editoria de Polícia O pescador Roberto Carlos Santiago Leão, 38, um carioca que há 12 anos adotou a Praia do Francês como seu segundo lar, está desaparecido desde o último dia 19 de fevereiro. Ele se encontrava defronte de um passaporte, quando foi levado por quatro homens, que se identificaram como federais. Sua irmã, Elizabeth Santiago, viajou mais de dois mil quilômetros. Veio de São Cristovão, no Rio de Janeiro, para Alagoas, com o propósito de cobrar das autoridades locais uma providência para esclarecer o caso, que vem sendo tratado como seqüestro pela polícia de Marechal Deodoro. Especialista em computação, a bancária não poupa críticas às investigações e tem um pensamento formado quanto à apuração do sumiço de Roberto Carlos. Enquanto eles estiverem fantasiando, o que aconteceu não será esclarecido, protestou. Ela revelou que seu irmão veio para Alagoas acompanhando um colega que é artista plástico e, na época, estava casado com uma alagoana. Ele gostou tanto daqui que não quis voltar mais para o Rio, acrescentou. Como tinha um curso de mergulho não encontrou dificuldades para conseguir emprego como pescador, arranjando um sócio nativo, Djalma, que entrou no negócio por sua experiência na área. Raízes No ano passado, Roberto Carlos, um aventureiro por natureza, decidiu fincar raízes em Marechal Deodoro. Após passar a namorar sério com Juracéia Amélia da Silva, ele alugou uma casa, pois, até então, mais de dez anos, morava na residência do sócio. Não admito que ponham em dúvida a honestidade do meu irmão. Por isso, estou trazendo provas de que ele jamais teve qualquer envolvimento com a polícia e que o dinheiro que conseguiu foi fruto de uma doação de uma tia nossa e da venda de um apartamento, protestou ela. Com o dinheiro do apartamento (40 mil) ele pretendia comprar uma casa numa vila de pescadores da Praia do Francês. No entender de Elizabeth, enquanto a polícia se preocupava em investigar a vítima, a principal suspeita, uma vizinha de nome Josenilda, foi ouvida e liberada sem maiores constrangimentos. Ela ameaçou meu irmão durante uma discussão à porta de casa, dizendo que ele ia se arrepender por tê-la afrontado numa briga entre vizinhos. Na mesma noite do desentendimento, Roberto Carlos foi seqüestrado, informou. Elizabeth procurou a cúpula da polícia, o Fórum Contra Violência de Alagoas e prometeu ir às últimas conseqüências.