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domingo, 06/07/2025 | Ano | Nº 6004
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Delegado ouvir� prefeito sobre seq�estro e morte de professor

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O delegado de Satuba, Cícero Lima, afirmou, na manhã de ontem, que o prefeito Adalberon de Morais (foto) será convocado a depor no inquérito que apura o seqüestro e o assassinato do professor Paulo Henrique Bandeira Costa, encontrado acorrentado e carbonizado dentro de seu veículo Gol, numa estrada vicinal da Fazenda Primavera, na zona rural do município, distante 21 quilômetros de Maceió. O delegado afirmou ser prematuro dizer que o prefeito será ouvido como acusado da autoria intelectual do homicídio, mas garantiu que a polícia chegará aos autores do crime. ?O inquérito correrá em sigilo, mas nós vamos identificar quem cometeu um crime tão bárbaro?, declarou o delegado de Satuba. Cícero Lima confirmou ter recebido a carta-denúncia, na qual a própria vítima aponta o prefeito como principal suspeito de ter interesse na sua morte, ressaltando que será feito um exame grafotécnico para garantir se o documento foi realmente feito pelo professor Paulo Henrique. A carta foi repassada ao delegado pelo secretário de Defesa Social, Robervaldo Davino. Ontem pela manhã, parentes do professor começaram a ser ouvidos pela polícia. Até o momento, o delegado já dispõe de testemunhas de que o professor Paulo Henrique recebeu ligações telefônicas que podem tê-lo levado à prefeitura e, posteriormente, à Ladeira do Gregório, último local onde foi visto com vida. O delegado Cícero Lima está tendo problemas com o depoimento das testemunhas. Segundo ele, as pessoas não parecem dispostas a prestar os esclarecimentos que a polícia precisa e, quando querem falar, sofrem constrangimentos, como o vigilante da Escola Josefa Silva Costa, onde a vítima trabalhava. Ele compareceu à delegacia acompanhado de um procurador da Prefeitura de Satuba. *** Adalberon vai à polícia e volta a alegar inocência O delegado Cícero Lima ficou surpreso, na manhã de ontem, com a presença do prefeito de Satuba, Adalberon de Morais, no prédio da delegacia local, onde o político foi declarar, de forma oficiosa, à autoridade policial, que não tem qualquer envolvimento na morte do professor Paulo Henrique, e colocou suas contas bancárias e sigilo telefônico à disposição do delegado. Ele declarou que está sendo perseguido pela imprensa, desde que seu filho Júnior, se envolveu no assassinato da estudante Isabele Gondin, que foi morta com um tiro na cabeça. O prefeito, que proibiu a imprensa de entrar na prefeitura do município, contou ao delegado que Paulo Henrique tinha sido afastado do cargo de coordenador da Secretaria de Educação, por se tratar de uma pessoa problemática. Tal afastamento era um pedido de colegas e até do vice-prefeito, atual secretário de Educação. Adalberon negou que tivesse discutido com ele, ressaltando que os dois tiveram apenas uma conversa, oportunidade na qual comunicou que ele estava afastado do cargo e que deveria voltar a lecionar em escolas do município. O prefeito pareceu revoltado com a atitude do deputado Francisco Tenório, a quem responsabilizou por atos de violência, e advertiu que já deveria estar preso, pelo que está fazendo e falando. Adalberon de Morais declarou ter procurado o delegado Cícero Lima para se prontificar a atender a polícia e se dispôs a fazer uma greve de fome à porta da delegacia, enquanto o crime do professor Paulo Henrique não for esclarecido. ?Não sei nem onde morava o professor, como vou saber quem tinha interesse em matá-lo ou possíveis intrigas??, ponderou o prefeito. Acusando a imprensa de perseguição, declarou que nunca desviou um centavo sequer do Fundef, por isso deixou suas contas bancárias e o sigilo telefônico à disposição do delegado Cícero Lima. ?Eles têm raiva de mim porque trabalho?, afirmou, sem atribuir tais declarações a ninguém.

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