Delmiro Gouveia (Pedro Romão, colaborador) – O delegado Rômulo Monteiro revelou, ontem, que a chacina ocorrida no município de Água Branca, distante 301 quilômetros de Maceió, já está esclarecida. Ele apontou os marginais Evanilson Bezerra de Lima e Elson Bento Nascimento, ambos residentes naquela cidade, como autores das mortes do aposentado Antônio Cavalcante Lacerda, 80, sua sobrinha Maria Cavalcante Lacerda, 36, e o neto, Sérgio Cavalcante Lacerda, 11, que residiam no Sítio Olho D’Água de Fora, local do crime. O delegado regional de Delmiro Gouveia, que, por determinação do diretor do Departamento de Polícia do Interior – Depin -, Carlos Alberto Fernandes Reis, assumiu o comando das investigações, declarou que foi latrocínio, ou seja, eles mataram para roubar. Afirmou ainda que no dia seguinte Evanilson tentou assassinar mais uma pessoa. Foi até a casa de Marivaldo Porfírio de Lima, no Sítio “Cartangonha”, em Água Branca, para matá-lo. No local houve troca de tiros e os dois saíram feridos. A família de Antônio apontou Evanilson como autor da chacina, alegando também que ele contou com a colaboração de Elson, ainda foragido, para matar o aposentado e seus parentes. O chefe do Setor de Operações de Água Branca, Nidervaldo Cantuária, está em diligência para levantar testemunhas da ocorrência, visto que a casa das vítimas fica na caatinga, distante 12 quilômetros da cidade. Ele confirmou que um garotinho de dois anos sobreviveu à chacina e ficou a noite toda chorando dentro da residência. Os corpos foram achados no outro dia, por Donona Lacerda, viúva de Antônio, que havia acabado de chegar de viagem.