OAB denuncia tortura em delegacias do Estado
A Justiça e a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) encaminharam à Secretaria de Defesa Social denúncias de torturas que teriam acontecido em delegacias da Capital e no interior do Estado. Um dos casos envolveu o adoles
Por | Edição do dia 04/04/2002 - Matéria atualizada em 04/04/2002 às 00h00
A Justiça e a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) encaminharam à Secretaria de Defesa Social denúncias de torturas que teriam acontecido em delegacias da Capital e no interior do Estado. Um dos casos envolveu o adolescente M.C.A, que afirmou ter sido torturado por três policiais civis nas dependências da Central Integrada de Atendimento Policial ao Cidadão (CIAPC). A denúncia foi encaminhada à secretaria pelo Juizado da 1a Vara da Infância e da Juventude da Capital, com o envio de cópias das declarações do adolescente, que chegou a identificar um dos policiais e fornecer as características dos demais. A segunda denúncia é feita por C. A. S. N., que teria sido torturado no 5o DP, no dia 2 de julho do ano passado. A denúncia foi encaminhada à secretaria pelo juiz da 3a Vara Especial Criminal, José Braga Neto. O terceiro caso envolveu o cidadão José Ronaldo da Silva, que fora agredido e espancado por funcionários da Usina Uruba, em Atalaia (distante 53 km da Capital). Os agressores foram identificados por André, um vigia e um fiscal da usina. Ele contou à comissão que, após o espancamento, foi levado à casa do gerente da empresa, o doutor Paulo. Em seguida, José Ronaldo foi recolhido ao Batalhão da PM daquela cidade, ficando despido no xadrez, com o conhecimento do delegado local. O espancamento teria sido confirmado através do exame de corpo de delito. Em ofícios dirigidos ao Departamento Central de Polícia (Decepoc), o secretário Antônio Arecippo mandou que os três casos sejam apurados.