Pol�cia Civil n�o quer que l�der do PCC permane�a em Sergipe
O superintendente da Polícia Civil de Sergipe, João Elói, afirmou, ontem, que a polícia não tem interesse na permanência dos quatro presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) naquele Estado, devido à fragilidade do sistema prisional sergipano.
Por | Edição do dia 06/04/2002 - Matéria atualizada em 06/04/2002 às 00h00
O superintendente da Polícia Civil de Sergipe, João Elói, afirmou, ontem, que a polícia não tem interesse na permanência dos quatro presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) naquele Estado, devido à fragilidade do sistema prisional sergipano. Ele fez questão de receber pessoalmente da polícia alagoana os marginais Dionísio Aquino Severo, 37, e José Carlos Barros, o Carlinhos, capturados numa pousada na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, distante 28 quilômetros de Maceió. Eles foram transferidos para Aracaju, na noite da última quinta-feira. Dionísio, que em janeiro deste ano foi resgatado de helicóptero de uma penitenciária em Guarulhos (SP), é apontado pelo superintendente como um elemento de altíssima periculosidade, que não encontrará dificuldade de fugir dos presídios daquele Estado. Além de Dionísio e Carlinhos, acusado de ser um dos líderes do PCC, uma facção criminosa que atua no Sul do País, também foi presa Sandra dos Anjos, 32, mulher de Dionísio e proprietária do veículo Fiat Uno usado no assalto ao banco Itaú, em Aracaju. João Elói destacou o trabalho bem-sucedido da polícia sergipana, que dez horas após o assalto ao Itaú, ocorrido no início da semana, capturou Rodrigo Tadeu Severo, 21, filho de Dionísio, e Edmundo Massaferro, 55, recuperando os R$ 151 mil reais roubados e apreendeu, além do carro, as armas usadas no assalto. Os quatro integrantes do PCC estão sendo indiciados em inquérito por roubo em Aracaju, mas devem ser entregues à polícia de São Paulo, onde Dionísio é condenado a 63 anos de prisão, por seqüestros, homicídios e assaltos a bancos.